22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE37 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população privada de liberdade (TODOS OS DIAS) |
35683 - AVALIAÇÃO DO USO DE MEDICAMENTOS NOS ATENDIMENTOS DE URGÊNCIAS EM UNIDADES PRISIONAIS
NAHADJA TAHAYNARA BARROS LEAL - SESAP-RN, CLÁUDIA HELENA SOARES DE MORAIS FREITAS - UFPB, GABRIELA MARIA CAVALCANTI COSTA - UEPB
Objetivo: identificar o perfil dos medicamentos utilizados em atendimentos de pessoas privadas de liberdade pelo serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) em presídios. Métodos: estudo transversal, quantitativo, realizado a partir da análise de dados secundários registrados nos impressos dos atendimentos do SAMU em 2016, em 16 presídios do estado da Paraíba, Brasil. Os dados foram analisados no software estatístico R. Resultados: ocorreram 370 atendimentos, destes 335 (90,54%) urgências clínicas; em 306 usuários do sexo masculino (82,70%); com 161(43,51%) sujeitos com idades entre 20-29 anos. Do total dos atendimentos 298 (80,5%) ocorreram em presídios com Equipe de Atenção Primária Prisional e 194 (52,43%) não necessitaram de encaminhamento para serviços da rede de atenção. Foram administradas 408 medicações em 235 usuários, sendo 39 diferentes, destes 29 pertencem ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), que lista medicamentos e insumos voltados aos principais problemas de saúde e programas da Atenção Primária. Os medicamentos mais frequentes foram para analgesia 141 (60%); seguida da instalação de hidratação venosa e com diluição de medicações 78 (33,1%); sistema digestório 75 (31,1%); anti-inflamatórios 42 (17,8%); sistema cardiovascular 37 (15,7%); sistema nervoso 15 (6,3%); antialérgico 11 (4,6%) e sistema respiratório 9 (3,8%). Conclusões: a análise dos medicamentos utilizados, indicam que as equipes de saúde prisionais poderiam ter resolvido as demandas sem a necessidade do deslocamento de equipe do SAMU. Destarte, revela-se como estratégia de planejamento estimular o potencial resolutivo da atenção primária para agravos prevalentes no cenário.
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