22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE37 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população privada de liberdade (TODOS OS DIAS) |
36436 - TRIAGEM SOROLÓGICA PARA HEPATITES VIRAIS ENTRE MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE NO BRASIL
PRISCILA FRANÇA DE ARAÚJO - UFC, ANA ZAIRA DA SILVA - UFC, ROSANE DA SILVA SANTANA - UFC, FRANCISCO MARTO LEAL PINHEIRO JÚNIOR - UFC, CARL KENDALL - UFC, LIGIA REGINA FRANCO SANSIGOLLO KERR - UFC
Objetivo Analisar a situação de triagem sorológica para hepatites virais em mulheres privadas de liberdade no Brasil. Método: Estudo transversal, realizado com 1.327 mulheres encarceradas em regime aberto ou semiaberto de 15 unidades prisionais brasileiras no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015. A coleta dos dados deu-se por meio de questionário auto aplicado Áudio Computer Assisted Self-Interview (ACASI). A análise foi feita com os softwares SPSS® versão 20.0 e Stata® versão 15. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC), protocolo nº 188.211. Resultados: Pouco mais que a metade das mulheres presas (52,7%) realizaram testagem para hepatites. No que se refere aos últimos 12 meses, 68,30% (95%IC: 64,2-72,2) não haviam sido testadas. Ao serem questionadas sobre o conhecimento do resultado dos testes realizados na prisão para hepatites B, C e D, 69,1% (95%IC: 64,9-73,0) afirmaram saber que fizeram o teste, porém não se recordavam para qual sorologia específica. Quanto à vacinação para Hepatite B, 70% (95% IC: 67,2-72,8) haviam sido vacinadas. Enfatiza-se a necessidade de orientar e esclarecer as dúvidas dessas mulheres, para que desta forma haja uma reflexão da situação de vulnerabilidade na qual possam se inserir. Conclusão: Percebe-se que as políticas de Atenção ao Sistema prisional favorecem uma maior chance para a realização das testagem. No entanto, faz-se necessário enfatizar as ações de acolhimento e aconselhamento durante a realização dos testes, orientando e desenvolvendo estratégias educativas que promovam a reflexão e consciência dos resultados dos testes.
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