22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE38 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde de outros subgrupos populacionais (TODOS OS DIAS) |
36062 - COBERTURA DE SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA EM FAVELAS, ÁREAS RURAIS E URBANAS DE 42 PAÍSES CAUANE BLUMENBERG - CENTRO INTERNACIONAL DE EQUIDADE EM SAÚDE, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), JANAÍNA CALU COSTA - CENTRO INTERNACIONAL DE EQUIDADE EM SAÚDE, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), ALUÍSIO J D BARROS - CENTRO INTERNACIONAL DE EQUIDADE EM SAÚDE, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), CESAR G VICTORA - CENTRO INTERNACIONAL DE EQUIDADE EM SAÚDE, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL)
Objetivos: Populações rurais são tradicionalmente consideradas como apresentando a mais baixa cobertura com intervenções de saúde, mas poucos dados existem sobre populações urbanas faveladas. Estudamos as desigualdades no índice composto de cobertura (ICC) – uma média ponderada de 8 intervenções de saúde reprodutiva, pré-natal, parto, vacinas e manejo de doenças – de acordo com o local de residência em países de baixa e média renda.
Métodos: Analisamos inquéritos de demografia e saúde (Demographic and Health Surveys, 2006-2018) recentes de 42 países. A cobertura do ICC foi estimada de acordo com a classificação do conglomerado amostral onde viviam mulheres e crianças: urbanos não favelados; favelas urbanas; ou áreas rurais. Favelas foram definidas como conglomerados em que pelo menos 75% dos domicílios não possuíam pelo menos duas das seguintes características: acesso a água melhorada, acesso a saneamento básico, material durável para piso, e quartos suficientes para dormir.
Resultados: A cobertura de ICC variou de 24% a 86% (mediana 63%), sendo – nos 42 países – superior nos conglomerados urbanos não-favelas. Em 14 países, a cobertura nas favelas foi a mais baixa, comparada com áreas urbanas não faveladas e rurais. Especialmente, as coberturas de cuidados para pneumonia, planejamento familiar e vacinação para DTP e sarampo, foram respectivamente 51%, 25%, 19% e 15% menores em favelas comparadas com áreas rurais.
Conclusões: É importante que políticas púbicas priorizem populações urbanas pobres, visando uma cobertura mais equitativa para intervenções essenciais em saúde.
|