22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE40 - Epidemiologia nutricional (TODOS OS DIAS) |
32573 - BAIXA QUALIDADE DO AMBIENTE ALIMENTAR EM CIDADE DA REGIÃO METROPOLITANA DE MACEIÓ/AL NICOLE ALMEIDA CONDE VIDAL - UFAL, LUAN SANTOS DE ARAGÃO - UFAL, RISIA CRISTINA EGITO DE MENEZES - UFAL, GIOVANA LONGO-SILVA - UFAL, ESDRAS DE LIMA ANDRADE - UFAL, SILVANA QUINTELLA CAVALCANTI CALHEIROS - UFAL, JONAS AUGUSTO CARDOSO DA SILVEIRA - UFAL
Objetivo: Analisar a qualidade nutricional e a distribuição espacial dos pontos de venda de alimentos (PVA) em Rio Largo/AL, município de alta vulnerabilidade socioeconômica.
Métodos: Estudo realizado com dados ambientais da coorte de nascidos vivos “Projeto SAND”. Os PVA foram identificados por auditoria em todas as ruas do município (09/2017-01/2018). A qualidade do ambiente alimentar foi analisada por meio do Índice de Disponibilidade de Alimentos Saudáveis (IDAS; amplitude: -30; 100 pontos), calculado a partir da versão adaptada e validada para o Brasil da Nutrition Environment Measurement Survey for Stores. O IDAS considera grupos, variedade, preço e qualidade dos alimentos disponíveis. A partir das bases cartográficas do IBGE, realizou-se o geoprocessamento no QGIS 3.10.4, onde foram elaborados mapas de calor utilizando o estimador de densidade kernel. As estimativas do IDAS foram apresentadas como média(desvio-padrão).
Resultados: A média do IDAS nos 575 PVA foi 3(12) pontos, indicando baixa qualidade do ambiente alimentar. Houve predominância de “comércios ultraprocessados” (63%; -4(4) pontos), estando distribuídos espacialmente por toda a cidade. Os comércios considerados saudáveis apresentaram IDAS=12(9) pontos. Contudo, observou-se que estão aglomerados no centro da cidade (~50%), espaço que representa apenas 5,3% da área urbana. Os “comércios mistos” foram os menos frequentes (13,7%; 20[13] pontos) e apresentaram distribuição aleatória. A análise do mapa de calor indicou a existência de deserto alimentar, representada pela frequência elevada e exclusiva de comércios não-saudáveis em 41,3% da área urbana.
Conclusão: O ambiente alimentar construído no município de Rio Largo pode ser caracterizado como promotor de padrões de consumo não-saudáveis.
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