22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE40 - Epidemiologia nutricional (TODOS OS DIAS) |
33895 - INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA E VENDA ESCOLAR NO CONSUMO DE ULTRAPROCESSADOS POR ADOLESCENTES. BÁRBARA CRISTINA CRUZ AGUIAR - IESC/UFRJ, PANMELA DA SILVA ARAUJO - IESC/UFRJ, KATIA VERGETTI BLOCH - IESC/UFRJ, AMANDA DE MOURA SOUZA - IESC/UFRJ
Objetivo: Avaliar a associação de propaganda e venda de alimentos no ambiente escolar com consumo de alimentos ultraprocessados por adolescentes brasileiros. Métodos: Foram avaliados os dados de 71.971 adolescentes participantes do ERICA, um inquérito nacional de base escolar, realizado em 2013/2014, incluindo escolas públicas e privadas de 124 cidades brasileiras. A ingestão alimentar foi avaliada utilizando Recordatório de 24h. Os alimentos foram divididos segundo a classificação NOVA, baseada no grau de processamento: in natura ou minimamente processados, processados e ultraprocessados. Resultados: Propaganda de alimentos foi observada em 7% das escolas, sendo os mais frequentes: refrigerantes (70,5%), sorvetes/picolés (50%) e doces/balas (43,2%). A venda esteve presente em 55% das escolas: salgados, doces e refrigerantes foram os mais comercializados. A propaganda foi maior em escolas privadas (18,9%) que nas públicas (4,7%), assim como a venda. Nas escolas com oferta de merenda a frequência de propaganda (4,1%) e venda (45,2%) são menores quando comparadas às que não oferecem (21,6% e 97,3%, respectivamente), e a ingestão de ultraprocessados também é inferior (32,1% vs 36,6%, diferença estatisticamente significante). Ultraprocessados contribuíram com 32% da ingestão energética total dos adolescentes, com consumo maior nas escolas privadas (37,1% vs 32,1%). A maior ingestão de ultraprocessados não foi associada à presença de propaganda na escola, já a venda foi associada, de forma estatisticamente significante. Instituições privadas apresentaram maior disponibilidade de propaganda e venda de ultraprocessados. Conclusão: Exposição a venda de alimentos em cantinas somada à não oferta de merenda pode influenciar nas escolhas alimentares de adolescentes.
|