Pôster Eletrônico

22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE40 - Epidemiologia nutricional (TODOS OS DIAS)

35796 - AUMENTO DA INSEGURANÇA ALIMENTAR E ASSOCIAÇÃO COM OS RESPONSÁVEIS DOS DOMICÍLIOS NO BRASIL
CAMILLA CHRISTINE DE SOUZA CHEROL - UFRJ, ROBERTA TEIXEIRA DE OLIVEIRA - UFRJ, MARIA ELISA FALCÃO DE MELLO - UFRJ, ALINE ALVES FERREIRA - UFRJ, ROSANA SALLES-COSTA - UFRJ


Objetivo: Analisar as características dos responsáveis pelo domicílio de acordo com a mudança da insegurança alimentar (IA) no país.
Métodos: Estudo transversal com microdados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (2004 n=108.428; 2009 n=117.112; 2013 n=110.750) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 (n=57.920). Investigou-se idade, sexo, cor/raça e escolaridade dos responsáveis pelo domicílio; e número de moradores, presença de moradores <18 anos, renda, área e macrorregião do domicílio. IA foi avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (segurança alimentar [referência], IA leve e IA moderada/grave). Calculou-se proporções e intervalos de confiança (nível de significância de 5%) e Razão de Prevalência (RP) por meio da regressão logística multinomial ajustada por fatores de confundimento (variáveis domiciliares). Análises realizadas no Stata 16.0.
Resultados: Observou-se aumento significativo das prevalências de IA. Mediante modelo final, estiveram independentemente associados à IA moderada/grave em todos os anos (RP; IC95%): idade igual ou maior que 60 como fator de proteção (2004=0,8;0,7-0,9; 2009; 2013=0,7;0,6-0,8; 2018=0,5; 0,4-0,6) e sexo feminino (2004=1,8;1,7-1,9; 2009=1,8;1,6-1,8; 2013=1,5;1,4-1,6; 2018=1,6;1,5-1,7), cor/raça preta ou parda (2004=1,7;1,6-1,8; 2009=1,5;1,6-1,8; 2013=1,5;1,4-1,6; 2018=1,6;1,5-1,7) e escolaridade menor ou igual a 8 anos (2004=2;1,9-2,2; 2009=2,1;1,9-2,3; 2013=2,1;2-2,3; 2018=2,2;2-2,4) como fatores de risco (p-valor<0,05).
Conclusões: Observou-se violação do acesso aos alimentos em qualidade e quantidades suficientes devido ao aumento da IA e que políticas públicas de erradicação da pobreza, combate à fome, promoção da educação de qualidade e igualdade de gênero, que também compreendem os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, não foram suficientes para conter o cenário de desigualdades sociais no país.

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