22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE40 - Epidemiologia nutricional (TODOS OS DIAS) |
36719 - INSEGURANÇA ALIMENTAR E ALEITAMENTO MATERNO EM RECÉM-NASCIDOS DE GESTAÇÕES DE RISCO LEZYE COELHO VEIGA - UFF, TALITA DOMINGOS - UFRJ, ALÉXIA ABREU RODRIGUES - UFRJ, PAMELA BRITO - UFF, JULIANA CORMACK - UFF, MICHELE RIBEIRO SGAMBATO - UFRJ, ROSANA SALLES-COSTA - UFRJ, ANA LÚCIA AUGUSTO - UFF
Objetivo : Avaliar a presença do aleitamento materno exclusivo (AME) no momento da alta hospitalar de recém-nascidos (RN) de gestações de risco associados à insegurança alimentar (IA).
Métodos: Este estudo longitudinal foi realizado em um Hospital Universitário (HU) da região metropolitana do Rio de Janeiro entre agosto de 2017 e janeiro de 2020. Foram coletados dados sociodemográficos da IA e gestacionais na primeira consulta pré-natal, e, na segunda etapa, após o parto, foram coletados dados de saúde e alimentação dos RN nos seus prontuários. Para avaliar a associação entre as variáveis, foram realizadas regressões logísticas, em modelos hierárquicos, considerando nível de significância de 20% em cada nível e de 5% no modelo final. As análises estatísticas foram realizadas no programa Stata versão 13.
Resultados: A população deste estudo inclui 138 binômios gestante-neonato. Estiveram expostas a IA, 57,8% das mulheres entrevistadas, sendo 18,8% destas com IA grave. A maioria das gestantes realizou mais de oito consultas pré-natal (53,4%). Entre os neonatos, 80,4% nasceram a termo, 74,65% nasceram de parto operatório e 55,8% não receberam aleitamento materno (AM) ao nascimento. As análises finais demonstraram que apenas a ausência do AM no puerpério imediato (OR=8,03; IC-95%: 2,1-20,5) e a presença de infecções congênitas no RN (OR=0,16; IC-95%: 0,04-0,7), demonstraram associação estatisticamente significativa com a ausência da amamentação ao seio materno à alta.
Conclusão: A exposição precoce ao leite materno no nascimento é, portanto, um fator protetor para infecções congênitas e essencial para alimentação de recém-nascidos.
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