22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE40 - Epidemiologia nutricional (TODOS OS DIAS) |
36845 - CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS NO BRASIL NA PANDEMIA DE COVID-19. LUISA COSTA DE SOUZA GOMES FEITOSA - UNIRIO, JOÃO VITOR LOMBARDI LIMA - UNIRIO, LÚCIA GOMES RODRIGUES - UNIRIO
Objetivos: Descrever as mudanças no consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil durante a pandemia de Covid-19.
Métodos: Estudo descritivo em base de dados Pubmed/Medline e Scielo entre 2020 e 2021, com as seguintes palavras-chaves: “fastfood”, “ultraprocessed food”, “diet habits”, “COVID-19”, “pandemic” e “Brazil”. Foram levantados os dados de prevalência do consumo antes e durante a pandemia por idade, renda, sexo e raça.
Resultados: Houve um aumento no consumo de ultraprocessados e estes afetaram mais as famílias com menor renda (Salário Mínimo): até 1(63%), 1-2(60%) e >2(43%), mas também entre aquelas que tiveram redução da renda durante a pandemia (28%), em comparação com as que não tiveram (17%). Raça e sexo também influenciaram, afetando mais os negros (60%) que brancos (49%) e mais homens (33%) que mulheres (25%). Já entre as regiões, foi inferior no Sul (17%) e nas demais regiões foi superior a 30%, destacando o Norte (37%). Em relação a idade, este consumo aumentou de 9% para 16% de 45 a 55 anos e 14% para 20,7% em adolescentes. E a presença de crianças nos lares demonstrou um consumo superior desses alimentos (36%) em relação às famílias sem crianças (24%).
Conclusões: O elevado consumo de ultraprocessados durante o confinamento ficou evidente, sendo superior nas camadas mais vulneráveis da população (baixa renda e negros), com presença de crianças e nos homens. Este fato denota a importância deste monitoramento, devido a baixa qualidade destes alimentos e a necessidade de campanhas que divulguem os malefícios deste consumo.
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