Pôster Eletrônico

22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE41 - Epidemiologia social e determinantes sociais em saúde (TODOS OS DIAS)

33362 - SEGREGAÇÃO ECONÔMICA EM UM GRANDE CENTRO URBANO: DISPARIDADES NO AMBIENTE ALIMENTAR
MARIANA SOUZA LOPES - UFMG, WALESKA TEIXEIRA CAIAFFA - UFMG, ARIENE DO CARMO SILVA - UFMG, AMANDA CRISTINA DE SOUZA ANDRADE - UFMT, SHARRELLE BARBER - UFMG, LARISSA LOURES MENDES - UFMG, AMÉLIA AUGUSTA DE LIMA FRICHE - UFMG


OBJETIVOS: Examinar a associação entre segregação econômica residencial e a distribuição de diferentes tipos de estabelecimentos que comercializam alimentos em Belo Horizonte-MG.

MÉTODOS: Estudo ecológico. A segregação econômica residencial, categorizada em baixa, média e alta, foi calculada para cada setor censitário amostrado usando estatística Getis-Ord Local Gi* a partir da proporção de pessoas responsáveis pelos domicílios com rendimento mensal de até três salários mínimos. Estabelecimentos que comercializam alimentos foram categorizados segundo o predomínio dos alimentos adquiridos em: alimentos in natura; alimentos ultraprocessados e mistos e categorizado em: nenhum; um; dois; três ou mais estabelecimentos. Modelos de regressão ordinal de odds parcial proporcionais foram aplicados. Foi adotado um nível de significância de 5%.

RESULTADOS: Analisou-se 3.833 setores censitários de Belo Horizonte-MG. Da amostra total, 18,9% eram áreas de alta segregação, 41,1% média e 40,0% baixa. Verificou-se que áreas de alta segregação apresentavam 54,0% e 61,0% menos chance de possuírem elevada prevalência de estabelecimentos mistos e de aquisição de alimentos ultraprocessados, respectivamente quando comparadas a áreas mais afluentes (p<0,001).

CONCLUSÃO: A segregação econômica residencial divide a cidade de Belo Horizonte e se associou ao ambiente alimentar. Áreas altamente segregadas apresentam menor chance de serem áreas com elevada proporção de estabelecimentos de aquisição de alimentos pouco saudáveis quando comparadas a áreas mais afluentes. Portanto, tais áreas, alta ou baixa segregação, devem ser alvo de políticas públicas e intervenções nutricionais, seja para reduzir as desigualdades de acesso a alimentos saudáveis ou para proteger os territórios da ampla oferta de alimentos pouco saudáveis.

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