22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE41 - Epidemiologia social e determinantes sociais em saúde (TODOS OS DIAS) |
33413 - INIQUIDADES NAS JUSTIFICATIVAS PARA O BAIXO CONSUMO DE FRUTAS EM CAMPINAS-SP LHAIS DE PAULA BARBOSA MEDINA - UNICAMP, MARILISA BERTI DE AZEVEDO BARROS - UNICAMP, ANTONIO DE AZEVEDO BARROS FILHO - UNICAMP
Objetivo: Conhecer a prevalência e as justificativas para o baixo consumo de frutas pela população e sua associação com condições sociodemográficas. Método: Estudo transversal, de base populacional realizado com 2.641 pessoas com 10 anos ou mais em Campinas-SP. Foram estimadas as prevalências do baixo consumo de frutas (< 5 dias na semana) e das justificativas “não gosta”, “custa caro”, “estraga rápido”, “não tem o hábito”, “tem preguiça de descascar/lavar” e “não costuma ter em casa”, entre os que consumiram pouca fruta. Para verificar as iniquidades foram feitas análises comparativas dos grupos de renda, escolaridade e raça/cor da pele. Resultados: Foi verificada prevalência de baixo consumo de frutas de 46,6%, sendo maior entre os grupos de menor renda (RP=1,25) e baixo nível de estudo (RP=1,14). Entre as principais justificativas apontadas pelos entrevistados estão: preguiça de descascar ou lavar (65,2%), não gostar (16,2%) e o custo elevado deste alimento (14,3%). O preço das frutas foi considerado uma barreira principalmente pelo estrato de menor renda (RP=3,25), com baixa escolaridade (RP=3,09) e para os pretos e pardos (RP=1,52). Para as demais justificativas analisadas não foram observadas desigualdades, exceto para “tem preguiça de descascar ou lavar” cujo grupo menos escolarizado apresentou menor prevalência (RP=0,79). Conclusão: Detectou-se elevada prevalência do baixo consumo de frutas em Campinas e entre as justificativas pra tanto, o preço figurou como um determinante especialmente para os grupos de menor nível socioeconômico e para os negros. Políticas de redução de preço poderiam contribuir para o maior consumo de frutas principalmente nestes estratos.
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