22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE41 - Epidemiologia social e determinantes sociais em saúde (TODOS OS DIAS) |
36192 - INIQUIDADES RACIAIS NO DIAGNÓSTICO DE COVID-19 EM ADULTOS BRASILEIROS: PNAD COVID19. MATEUS ANDRADE ROCHA - UNISINOS, MICHELE FRANCIELE RODRIGUES DOS SANTOS - UNISINOS, MANOELA KICH DA SILVA - UNISINOS, NÊMORA TREGNAGO BARCELLOS - UNISINOS, MARCOS PASCOAL PATTUSSI - UNISINOS
Objetivo: O objetivo do estudo era avaliar as desigualdades raciais na ocorrência de COVID-19 em adultos brasileiros. Método: Trata-se de um estudo transversal de base populacional utilizando-se de dados do mês de novembro de 2020 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD COVID19. Aproximadamente dois mil agentes do IBGE realizaram entrevistas estruturadas via telefone em cerca de 193,6 mil domicílios, distribuídos em 3.364 municípios de todos os estados do país. No mês avaliado, 381.438 pessoas foram entrevistadas, das quais, 19.457 responderam ter realizado teste de PCR e 22.975 teste rápido para COVID-19. Essas subamostras, foco das análises aqui apresentadas, foram realizadas com controle para as amostras complexas e uso de pesos amostrais.
Resultado: A maioria dos que realizaram algum tipo dos testes eram da raça da pele preta ou parda (50,1%), mulheres (54,1%) e com ensino médio ou mais (64%). As médias (erro padrão) de idade e renda eram respectivamente 40,6 anos (0,12) e R$3.288(71,4). O percentual (IC95%) de relato de testes PCR positivos foi 27,2% (26,1 - 28,3%) e de teste rápido 17,1% (16,3 - 18%). Após o controle para sexo, idade, escolaridade e renda, indígenas possuíam uma probabilidade 74% (IC95% 7 - 282%) maior de teste PCR positivo do que brancos (RP 1,74 IC95% 1,07 – 2,82). Com relação ao teste rápido, a probabilidade de teste positivo era 28% (14 - 45%) maior nos pardos comparados aos brancos. Conclusão: Questões étnicas e raciais possuem importante papel no contágio por COVID-19, especialmente entre os mais vulneráveis.
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