22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE41 - Epidemiologia social e determinantes sociais em saúde (TODOS OS DIAS) |
36853 - DESIGUALDADE SOCIAL NA HIPERTENSÃO, DIABETES, OBESIDADE E FUMO NO BRASIL DE 2007 A 2018 PEDRO TOTEFF DULGHEROFF - UFU, LUCIANA SARAIVA DA SILVA - UFU, ANA ELISA MADALENA RINALDI - UFU, LEANDRO F. M. REZENDE - UNIFESP, EMANUELE SOUZA MARQUES - UERJ, CATARINA MACHADO AZEREDO - UFU
Objetivos: Nosso estudo teve como objetivo avaliar as tendências das desigualdades sociais para hipertensão, diabetes mellitus, tabagismo e obesidade de 2007 a 2018 em adultos das capitais brasileiras. Métodos: Foram utilizados dados do inquérito telefônico transversal VIGITEL, realizado anualmente de 2007 a 2018 com dados de 578.977 brasileiros adultos (≥18 anos). Os participantes responderam a um questionário sobre diagnóstico médico de hipertensão e diabetes, tabagismo, peso e altura. Desigualdades educacionais (0-3, 4-8, 9-11 e 12 ou mais anos de estudo) por sexo e cor da pele foram avaliadas por meio de medidas absolutas (índice de inclinação da desigualdade - SII) e relativas (índice de concentração - CIX) , e as tendências foram testadas por Prais-Winsten.
Resultados: Todos os desfechos foram mais prevalentes nos menos escolarizados. A maior desigualdade educacional absoluta foi observada para hipertensão (SIItotal = -37,8 em 2018). Durante 2007-2018, a desigualdade educacional total permaneceu constante para hipertensão, aumentou para diabetes e tabagismo e diminuiu para obesidade. No geral, a desigualdade foi maior entre mulheres e não brancos, em comparação com homens e brancos. Encontramos uma redução na desigualdade absoluta para hipertensão entre não brancos, um aumento para diabetes em todos os estratos e um aumento para tabagismo em mulheres e não brancos. A desigualdade relativa diminuiu em mulheres e brancos e aumentou para o tabagismo em todos os estratos, exceto entre os homens.
Conclusão: A desigualdade educacional reduziu para obesidade, permaneceu constante para hipertensão e aumentou para diabetes e tabagismo de 2007 a 2018 em adultos brasileiros.
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