22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE41 - Epidemiologia social e determinantes sociais em saúde (TODOS OS DIAS) |
36992 - UM OLHAR SOBRE A SAÚDE MATERNA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: PERSPECTIVAS DE RAÇA/COR. MARINA ANDRADE CHAVARRI GOMES - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ, JÚLIA FREIRE CARVALHO - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ, MARIA CLARA DA CUNHA RIBEIRO - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ, MARIA DE NAZARETH SMITH PEREIRA DA SILVA - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ, LUCIANA FREIRE DE CARVALHO - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Objetivo: descrever indicadores de saúde materna no município do Rio de Janeiro (MRJ) sob a perspectiva de raça/cor. Método: Estudo descritivo sobre saúde materna de residentes do MRJ entre 1998 e 2018. Analisou-se razão de mortalidade materna(RMM), taxa de incidência de sífilis em gestantes, cobertura de consultas pré-natal e proporção de partos cesáreos estratificados por raça/cor. Utilizou-se dados disponíveis no TabNet Municipal-RJ. Resultados: No MRJ, a RMM apresenta tendência de aumento, no entanto é, em média, 2 vezes maior na população negra que na população branca, evidenciando o impacto das desigualdades sociais na assistência às mulheres. Nota-se um avanço na cobertura pré-natal ao longo do tempo. Em 1998, 52% das gestantes do MRJ fizeram 7 ou mais consultas, em 2008 eram 66% e em 2018, esta cobertura atingiu 81%, porém, enquanto 88% das gestantes brancas tiveram acesso a 7 ou mais consultas, este resultado é de 78% para as gestantes negras. A proporção de partos cesáreos no MRJ orbita em torno de 50% durante o período, no entanto esta frequência é 50% maior na população branca do que na negra. Observa-se aumento na detecção de sífilis na gestação, de 7 casos a cada 100.000 nascidos vivos(NV) em 2009 para 51 casos a cada 100.000NV em 2018. Há risco duas vezes maior de mulheres negras contrairem sifilis durante a gestação que brancas. Conclusões: Ao analisar estes indicadores sob a perspectiva de raça/ cor, nota-se a influência de condições socioeconômicas nos desfechos obstétricos.
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