22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE44 - Métodos e técnicas em estudos epidemiológicos (TODOS OS DIAS) |
37028 - O USO DAS ESTATÍSTICAS VITAIS PARA OBTENÇÃO DE ESTIMATIVAS POPULACIONAIS PARA MUNICÍPIOS ANA MARIA NOGALES VASCONCELOS - EST/UNB, LEANDRO TAVARES CORREIA - EST/UNB, GABRIEL JOSÉ DOS REIS CARVALHO - EST/UNB, MATHEWS DE NORONHA SILVEIRA LISBOA - EST/UNB, VALERIA MARIA RODRIGUES FECHINE - CEAM/UNB, JULIANA BETINI FACHINI GOMES - EST/UNB, JORGE HENRIQUE CABRAL FERNANDES - CIC/UNB
A estimação populacional em pequenas áreas tem sido um desafio para demógrafos e pesquisadores de saúde pública. Principalmente devido ao problema universal de pequenas populações com alta variabilidade amostral nas mortes registradas. Estudos de projeções populacionais exigem uma compreensão adequada dos níveis de mortalidade em um país e suas regiões, sendo essencial para um planejamento eficiente de políticas públicas, especialmente na área de saúde. Os dois principais órgãos responsáveis pela avaliação da qualidade dos registros, construção de indicadores de mortalidade e monitoramento de políticas públicas no Brasil são o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME).
Este trabalho apresenta a reconstrução de projeções populacionais utilizando somente informações de registros de óbito no Brasil, divulgados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e registro de nascimentos, divulgador pelo Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). A reconstrução de coortes é feita com auxílio do diagrama de Lexis, assumindo que a população é fechada, ou seja, desconsiderando o fator de imigração. É apresentada uma análise comparativa com as estimativas oficiais divulgadas pelos órgãos responsáveis em níveis de UF e município, para avaliar a qualidade da informação.
Os resultados revelaram alta capacidade de estimação mesmo considerando um modelo simplificado de população. A principal contribuição do estudo é apresentar uma metodologia que possibilite aos gestores construírem estimativas populacionais a partir de dados brutos para direcionamento de políticas públicas. A discussão apresentada tem grande relevância no atual momento de incerteza sobre a pesquisa censitária no Brasil.
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