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22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE45 - Outros tópicos em epidemiologia (TODOS OS DIAS)

33203 - VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E PRÁTICAS DE ASSISTÊNCIA AO PARTO EM MATERNIDADES DO SUL DO PAÍS
JANINI CRISTINA PAIZ - 1- PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, ALICE STEGLICH SOUTO - 2- GOETHE UNIVERSITÄT FRANKFURT, ANA CLÁUDIA MAGNUS MARTINS - 3- TELESSAÚDERS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, AURORA ZAMORA XAVIER - 4- FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, CAMILA GIUGLIANI - 1- PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


Objetivos: 1) Definir a prevalência de violência obstétrica percebida pelas mulheres em uma amostra de puérperas residentes em uma capital do sul do Brasil; 2) Explorar diferentes dimensões do conceito de VO a partir da prevalência de práticas não recomendadas de assistência ao parto. Métodos: Estudo transversal, com 287 puérperas, selecionadas aleatoriamente, que tiveram parto em duas maternidades de grande porte (uma pública, outra privada) de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. As mulheres foram entrevistadas em seus domicílios cerca de 30 dias após o parto e responderam sobre as práticas de atenção ao parto que vivenciaram e se “em algum momento, sentiram-se desrespeitadas, humilhadas ou maltratadas pelos profissionais de saúde”. Para a análise, foram propostos dois cenários: um com situações de desrespeito à autonomia e integridade física (violência explícita); e outro em que as práticas formalmente recomendadas não foram atendidas (ruptura do cuidado ideal). Foram criadas variáveis compostas representando os dois cenários e levantadas as prevalências. O estudo foi aprovado nos comitês de ética das instituições envolvidas. Resultados: 12,5% das mulheres tiveram percepção de VO. A prevalência de VO explícita (e.g. sofrer intervenções não recomendadas de rotina sem consentimento) foi de 37,6%; ruptura do cuidado ideal foi de 58,9%. Quando incluídas apenas mulheres que entraram em trabalho de parto (n=205), as prevalências foram 51,6% e 81,2% nos dois cenários, respectivamente. Conclusões: A discrepância entre a percepção das mulheres e a ocorrência de VO, em diferentes cenários, levanta a questão da desinformação sobre os direitos e suas violações pelas mulheres e profissionais.

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