22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE45 - Outros tópicos em epidemiologia (TODOS OS DIAS) |
37012 - ARANEISMO NO NORDESTE BRASILEIRO E OCORRÊNCIA DAS ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA
FILIPE ESPIRITO SANTO AMORIM - UFBA, YUKARI FIGUEROA MISE - UFBA, REJÂNE MARIA LIRA DA SILVA - UFBA, TANIA KOBLER BRAZIL - UFBA
objetivo: caracterizar o araneísmo no nordeste do brasil, período 2007-2018.
método: estudo ecológico de múltiplos grupos em que foram analisados os acidentes/municípios obtidos do sinan e a distribuição das espécies do museu de história natural da bahia/ufba e da plataforma specieslink, além dos registros na literatura. foi comparada a ocorrência de espécies de importância médica e ocorrência de acidentes por município utilizando chi-quadrado.
resultados: foram notificados 15.361 acidentes araneídicos, a maioria na bahia(n=6.053/39,4%) e rio grande do norte(n=1.850/12,0%). o maior coeficiente de incidência ocorreu no rio grande do norte (incidência=5,1/100.000) e o menor no ceará (incidência=1,3/100.000). a letalidade foi de 0,35% e todos os estados registraram pelo menos uma morte no período. em 9.451 acidentes (61,5%), o gênero da aranha não foi identificado. os demais foram identificados como loxosceles (n=1.680/ 10,9%), phoneutria (n=724/4,7%), latrodectus (n=471/3,1%) ou outra aranha (n=3.035/19,8%). a consulta aos registros de ocorrência identificou 10 espécies de loxosceles (nordeste), 5 de phoneutria (bahia e paraíba); e 1 espécie e 2 morfoespécies de latrodectus (bahia, ceará, pernambuco, rio grande do norte e sergipe). embora tenha havido sobreposição, os acidentes ocorreram em uma distribuição maior que a contemplada pelas ocorrências dos animais, 43,7% e 5,2% dos municípios, respectivamente (p=0,001).
conclusão: a baixa identificação do agente etiológico indica a dificuldade dos profissionais da saúde em diagnosticar o acidente direta ou indiretamente. isso prejudica o tratamento específico e a compreensão do que significa o araneísmo para o nordeste, resultando em prejuízos às vítimas desses agravos.
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