22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE46 - Saúde ambiental e desastres (TODOS OS DIAS) |
35536 - NÍVEIS DE MERCÚRIO EM PEIXES DA AMAZÔNIA BRASILEIRA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAYSE SOUZA MARQUES - IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, NATHÁLIA SANTOS SERRÃO DE CASTRO - IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Objetivo: realizar uma revisão sistemática sobre os níveis de mercúrio (Hg) em peixes coletados na Amazônia brasileira. Métodos: O protocolo seguiu o modelo PRISMA e foi submetido ao PROSPERO. Os termos “Mercury AND Fish AND Amazon” e “Methylmercury AND Fish AND Amazon” foram pesquisados nas bases de dados PubMed, LILACS, SCIELO, VHL, DOAJ, REDALYC, SCOPUS e Web of Science no período de 2009 a janeiro/2020. Resultados: PROSPERO (CRD42020161492). De 1693 artigos resgatados, 1175 foram removidos, restando 518, dos quais, 477 não atenderem aos critérios. Analisou-se um total de 23 artigos que levou a identificação de 3678 espécimes de peixes divididos em 25 famílias, 65 gêneros e 116 espécies. 95.13% das espécies apresentou níveis de Hg dentro do limite de normalidade recomendado pela WHO. 7 espécies apresentaram níveis acima, são elas: 1) Boulengerella cuvieri, 2) Brachyplatystoma filamentosum, 3) Brachyplatystoma platynemum, 4) Calophysus macropterus, 5) Cichlasoma spectabile, 6) Hemicetopsis candiru e 7) Hoplias malabaricus. Conclusões: A maioria das espécies de peixes coletadas na Amazônia brasileira apresenta níveis dentro do recomendado pela WHO, portanto, são seguras para o consumo. Embora o consumo de peixe seja considerado uma das principais causas dos altos níveis de Hg em cabelo das populações amazônicas, o presente estudo sugere que o consumo do peixe por si só não explicaria esse fato. Outros fatores devem ser estudados futuramente (como a quantidade de peixe ingerida por pessoa). Recomenda-se cautela no consumo das 7 espécies identificadas no presente estudo, especialmente por mulheres grávidas e crianças.
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