22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE46 - Saúde ambiental e desastres (TODOS OS DIAS) |
36165 - MUDANÇAS CLIMÁTICAS E RAIVA HUMANA NO BRASIL: MODELANDO CENÁRIOS FUTUROS VINÍCIUS ALVES MARTINS FARIAS - INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, GERUSA GIBSON - INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, BEATRIZ FÁTIMA ALVES DE OLIVEIRA - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, ESCRITÓRIO REGIONAL DO PIAUÍ, TERESINA, PI, MARCO AURÉLIO HORTA - INSTITUTO OSWALDO CRUZ, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, RIO DE JANEIRO, BRASIL, ANDREA ALMEIDA SOBRAL - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, RIO DE JANEIRO, SANDRA DE SOUZA HACON - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, RIO DE JANEIRO
Objetivo: Estimar a adequação climática atual e futura para ocorrência de casos de raiva humana no Brasil. Métodos: Estudo ecológico, descritivo, de serie temporal. Foram utilizados dados secundários para todos os municípios brasileiros. As variáveis climáticas foram retiradas das projeções do modelo climático regionalizado Eta-HadGEM2 ES RCP 8.5 do IPCC para previsões de aquecimento de 1.5Cº, 2.0Cº e 4.0Cº de 2020 até 2100. Foram utilizados casos de raiva humana notificados no SINAN entre os anos de 2001 e 2018. Resultados: Dados históricos indicam a região norte do país e litoral nordestino como locais de alta adequabilidade climática para casos de raiva. No cenário de 1.5Cº e 4.0C° observamos expansão das áreas de alta adequabilidade em toda região norte, principalmente em direção ao sul dos Estados do Amazonas, Roraima e Pará. No cenário de 2.0C° ocorre uma diminuição das áreas de alta adequabilidade em todo o país, mantendo o norte do Amazonas e o litoral norte dos Estados do Pará, Maranhão, Piauí e Ceará como locais de alta adequabilidade. Conclusão: Os cenários 1.5C° e 4.0C° indicam que com o aumento da temperatura do planeta, poderá ocorrer o aumento das áreas adequadas para a raiva, principalmente na região norte do país. Os cenários futuros produzidos no estudo indicam alterações no padrão da raiva humana no Brasil, que podem estar ligados às mudanças no clima e redução de habitats naturais, que podem alterar a distribuição dos morcegos, principais transmissores da doença no país.
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