22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE46 - Saúde ambiental e desastres (TODOS OS DIAS) |
36490 - VIGILÂNCIA EM SAÚDE, ARTICULAÇÃO INTERSINSTITUCIONAL E FLUXO DE INFORMAÇÃO EM DESASTRES
RHAVENA BARBOSA DOS SANTOS - INSTITUTO RENÉ RACHOU (FIOCRUZ MINAS), JÚLIA ALVES MENEZES - INSTITUTO RENÉ RACHOU (FIOCRUZ MINAS), CARINA MARGONARI DE SOUZA - INSTITUTO RENÉ RACHOU (FIOCRUZ MINAS), ULISSES EUGÊNIO CAVALCANTI CONFALONIERI - INSTITUTO RENÉ RACHOU (FIOCRUZ MINAS), CARLOS MACHADO DE FREITAS - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA (ENSP)
Objetivos: conhecer e analisar como se processou o fluxo de informações/articulações interinstitucionais da vigilância em saúde, após inundações e enxurradas, em municípios mineiros.
Métodos: Trata-se de um estudo de casos, definidos a partir do levantamento do número de ocorrências de inundações e enxurradas ocorridas em 2016 e 2017 em Minas Gerais. Foram selecionados os municípios de pequeno, médio e grande porte, (2 em cada categoria), com o maior número de ocorrências/afetados e realizadas entrevistas face a face, com representantes da vigilância epidemiológica e vigilância ambiental, corpo de bombeiros e defesa civil. As entrevistas foram transcritas e sistematizadas utilizando a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSCs).
Resultados e Conclusões: Os DSCs evidenciam que não há um fluxo de pré-estabelecido de troca de informações entre a vigilância e outras instituições em casos de eventos. Alguns fatores limitantes verificados foram: i) imprecisão sobre o que é um desastre ii) falta de informação sobre o a temática; iii) falta de profissionais capacitados para os cargos que ocupam. Percebe-se que, em municípios de grande porte, o evento é visto com maior complexidade, e a formação de um grupo gestor do risco de desastres aumenta o leque de parcerias e ações conjuntas realizadas. Na prática observa-se distanciamento do setor saúde das demais instituições envolvidas nesses eventos, porém, sem conhecer populações expostas e áreas afetadas, bem como sem uma definição prévia de doenças e agravos que devem ser monitorados no pós-desastre, a vigilância por vezes limita-se a incorporar o registro de eventos realizado por outras instituições.
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