22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE47 - Saúde do trabalhador (TODOS OS DIAS) |
33249 - CARACTERÍSTICAS DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA COM PIOR SITUAÇÃO DE SAÚDE ÉVELIN ANGÉLICA HERCULANO DE MORAIS - UFMG, MERY NATALI SILVA ABREU - UFMG, ADA ÁVILA ASSUNÇÃO - UFMG
Objetivo: Caracterizar a autoavaliação de saúde dos professores da educação básica no Brasil, de acordo com aspectos individuais, ocupacionais e situação de saúde. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com abrangência nacional, realizado entre 2015 e 2016, por meio de entrevista telefônica. O plano de amostragem estratificada abrangeu todos professores da educação básica brasileira atuantes em sala de aula. O desfecho autoavaliação de saúde (AAS) foi analisado, considerando as variáveis de interesse. Resultados: Dos 6.510 professores entrevistados, 27% avaliaram negativamente sua saúde. Pior AAS foi encontrada entre as professoras, com idade superior a 40 anos, de cor preta ou parda e que viviam nas regiões Norte e Nordeste. Quanto às características laborais, observou-se pior saúde no grupo exposto a jornadas superiores a 40 horas semanais, sem tempo suficiente para cumprir tarefas, deslocamento de casa para a escola superior a 50 minutos, que relataram insatisfação com o próprio trabalho, pressão laboral e ausência de apoio social. Exposição a ruído, histórico de indisciplina dos alunos e violência verbal foram associados a pior saúde. Quanto à situação de saúde, pior AAS foi identificada no grupo que relatou absenteísmo-doença, doença ocupacional, perturbações do sono e que fazia uso de medicamento ansiolítico ou antidepressivo. Conclusões: Piores condições de trabalho interferem no bem-estar físico e psicológico dos professores, aumentando, provavelmente, a chance de doenças e incapacidade para o trabalho.
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