22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE47 - Saúde do trabalhador (TODOS OS DIAS) |
33253 - FATORES LABORAIS ASSOCIADOS À AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ÉVELIN ANGÉLICA HERCULANO DE MORAIS - UFMG, MERY NATALI SILVA ABREU - UFMG, ADA ÁVILA ASSUNÇÃO - UFMG
Objetivo: Analisar a associação entre fatores ocupacionais e autoavaliação de saúde dos professores da educação básica brasileira. Métodos: Inquérito telefônico, realizado entre 2015 e 2016, representativo dos professores da educação básica brasileira atuantes em sala de aula, selecionados por meio do plano de amostragem estratificada. O indicador autoavaliação de saúde (AAS) é a variável resposta do estudo. Características relacionadas ao trabalho foram tomadas como variáveis explicativas. Para análise da associação utilizou-se o modelo de regressão logística ordinal de chances proporcionais no software STATA, considerando nas análises todas as ponderações impostas pela amostragem empregada. Resultados: Declarar maior tempo de serviço (OR=1,17; IC 95% 1,01-1,35), maior duração do deslocamento de casa para a escola (OR=1,19; IC 95% 1,03-1,38), histórico de indisciplina dos alunos (OR=1,26; IC 95% 1,10-1,45), relato de vivências de violência verbal (OR=1,26; IC 95% 1,09-1,44) e percepção de pressão laboral (OR=1,18; IC 95% 1,04-1,33), aumentaram a chance de pior saúde. Exercer outro tipo de atividade remunerada (OR=0,78; IC 95% 0,65-0,94), relatar tempo suficiente para cumprir suas tarefas (OR=0,77; IC 95% 0,64-0,92), contar com apoio social (OR=0,79; IC 95% 0,69-0,89) e estar satisfeito com o próprio trabalho (OR=0,79 ; IC 95% 0,69-0,91), diminuíram a chance de pior saúde autorrelatada. Conclusões: Piores condições de trabalho influenciam no bem-estar físico e psicológico dos professores, com possíveis efeitos negativos sobre as metas de melhor qualidade do ensino. Por essa razão, estão justificadas ações de fortalecimento dessa força de trabalho, seja na promoção de sua saúde, seja na transformação dos ambientes de trabalho escolares.
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