22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE47 - Saúde do trabalhador (TODOS OS DIAS) |
36538 - ÓBITOS POR ACIDENTES DE TRABALHO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO: IMPACTO DA ESCOLARIDADE CEZAR AKIYOSHI SAITO - FUNDACENTRO, MARIA MAENO - FUNDACENTRO, DANIELA SANCHES TAVARES - FUNDACENTRO, MARCO ANTONIO BUSSACOS - FUNDACENTRO
Objetivos: Avaliar diferenças dos óbitos por Acidentes de Trabalho (AT) e não-AT entre trabalhadores com baixa escolaridade (BE) e alta escolaridade (AE) no município de São Paulo (SP). Métodos: Os óbitos entre 14 e 100 anos de idade por causas externas no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) de SP, de 2006 a 2019, foram classificados por escolaridade. Considerou-se BE a escolaridade até 11 anos completos e AE a partir de 12 anos. Foram calculados os riscos relativos (RR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) para a ocorrência de AT por escolaridade. Estatísticas descritivas foram realizadas para ocupação e causa básica. Resultados: Dos 6.177 óbitos no município, 1.131 (18,3%) foram registrados como AT. Os óbitos por AT com BE tiveram um RR de 1,46 (IC95% 1,19–1,81) em comparação com AE. Na ocupação, destacaram-se “pedreiro” (n=149; 14,2%) e “engenheiro” (n=6; 7,4%) para BE e AE, respectivamente. A causa básica mais frequente na BE foi “queda” (n=245; 23,3%) e para AE foi “acidente aéreo” (n=15; 18,5%). A causa básica e ocupação mais frequentes para óbitos registrados como não-AT com BE foram, respectivamente, “queda” e “pedreiros”. Conclusões: Estes resultados sugerem que AE é um fator de proteção contra mortes por AT, havendo um risco de cerca de 50% a mais para BE. Considerando que para BE a principal causa básica foi “queda” tanto para óbitos por AT quanto para não-AT, aponta-se a necessidade de investigar estas quedas que foram registradas como não-AT e sua relação com o trabalho.
|