22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE47 - Saúde do trabalhador (TODOS OS DIAS) |
36856 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS TRABALHADORES ACOMETIDOS PELA COVID-19 NO ESPÍRITO SANTO NATÁLIA MARIA DE SOUZA POZZATTO - SESA, RAYANA GILDA SCHARRA DE SOUZA - SESA, PAULO ROBERTO RIBEIRO WALTER DE NEGREIROS FILHO - SESA, LILIANE GRAÇA SANTANA - SESA, THAIS VARANDA DADALTO SILVA - SESA, SANDRA APARECIDA PIMENTEL - SESA, FABIANA MARQUES DIAS E SILVA - SESA, FABIANE SIMÕES DE SOUSA - SESA, FRANCINE PEREIRA EUZÉBIO - SESA
Objetivo: Apresentar o perfil epidemiológico dos trabalhadores acometidos pela COVID-19 no Espírito Santo. Método: Foi realizada uma análise descritiva dos dados do sistema de notificações de agravos estadual (ESUS-VS) referentes à COVID-19 entre março de 2020 a abril de 2021. Foram analisados os campos “Profissional de Saúde”, “Ocupação” e “Infecção relacionada ao trabalho”.
São considerados trabalhadores infectados todos os casos confirmados para COVID-19 com o campo “Ocupação” preenchido, excluindo aqueles com as respostas “Ignorado”, “Dona de Casa”, “Aposentado” e “Estudante”. Resultados: No ES, 187.785 trabalhadores foram infectados, o que representa 44% do número total de casos confirmados. A relação da infecção com o trabalho foi identificada em 8% dos trabalhadores em geral e em 44% dos profissionais de saúde. Foram registrados 1.543 óbitos entre trabalhadores e em 70 deles foi identificada a relação com o trabalho. Autônomo, trabalhador volante da agricultura e técnico de enfermagem foram as ocupações com maior número de notificações. Dentre os trabalhadores infectados, 28.968 são trabalhadores da saúde (15%), sendo 37% deles trabalhadores da enfermagem. O ES registrou 89 mortes de profissionais de saúde, a maior parte deles entre médicos (32 óbitos). Conclusão: A identificação das categorias profissionais e da relação do adoecimento com o trabalho (nexo causal) são fatores importantes para a intervenção qualificada no enfrentamento à COVID-19. Dessa forma, a presente análise permite a priorização das intervenções no campo da saúde do trabalhador e aponta para a necessidade de ampliar a discussão sobre os impactos da pandemia no mundo do trabalho.
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