37615 - FATORES ASSOCIADOS AOS TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM TRABALHADORES E TRABALHADORAS JULES RAMON BRITO TEIXEIRA - UEFS, IRACEMA LUA - UFBA, CÍNTIA MARIA MORAES CARNEIRO - UEFS, TÂNIA MARIA DE ARAÚJO - UEFS
Objetivo: avaliar fatores associados aos Transtornos Mentais Comuns (TMC) em trabalhadores (TRes) e trabalhadoras (TRas). Métodos: estudo transversal, descritivo-exploratório, realizado com dados preliminares (n 2.841) da segunda onda da coorte prospectiva “Vigilância em saúde mental e trabalho: uma coorte da população de Feira de Santana-BA” do Núcleo de Epidemiologia da Universidade Estadual de Feira de Santana. Utilizou-se questionário multidimensional incluindo o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) para avaliar TMC. Foram estimadas prevalências, razões de prevalência e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Na análise bivariada, empregou-se o Teste Qui-quadrado de Pearson com significância de 5%. Resultados: 1.809 participantes informaram a situação de trabalho (TRes=24,8%; TRas=30,0%). A prevalência de TMC foi 22,6% (TRes=19,4%, TRas=25,1%), sendo 29,0% maior em TRas (RP=1,29; IC95%=1,01-1,64). Entre TRes associaram-se aos TMC: jornada de trabalho >40 horas/semana (RP=1,83; IC95%=1,23-2,72); altas demandas psicológica (RP=1,51; IC95%=1,02-2,23) e física no trabalho (RP=1,48; IC95%=1,01-2,19); desequilíbrio esforço/recompensa (RP=2,21; IC95%=1,31-3,72); comprometimento excessivo no trabalho (RP=2,32; IC95%=1,57-3,43); saúde autorreferida (RP=3,45; IC95%=2,39-4,99) e qualidade do sono ruins (RP=4,51; IC95%=3,03-6,72). Em TRas associaram-se: jornada >40 horas/semana (RP=1,52; IC95%=1,10-2,11); alta demanda física no trabalho (RP=1,93; IC95%=1,43-2,61); conflito trabalho-família (RP=1,81; IC95%=1,27-2,59); desequilíbrio esforço/recompensa (RP=2,07; IC95%=1,33-3,23); comprometimento excessivo no trabalho (RP=2,31; IC95%=1,70-3,15); saúde autorreferida (RP=2,44; IC95%=1,83-3,24) e qualidade do sono ruins (RP=4,56; IC95%=3,27-6,37). Conclusões: As questões de gênero invadem os ambientes de trabalho e expõem as mulheres à maior vulnerabilidade ao adoecimento mental, com presença de estresse relacionado ao conflito trabalho-família para estas. Destaca-se ainda a importância dos estressores ocupacionais na dinâmica de sofrimento em trabalhadores(as).
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