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22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE47 - Saúde do trabalhador (TODOS OS DIAS)

37619 - FATORES ASSOCIADOS À DEPRESSÃO EM TRABALHADORES(AS) E NÃO TRABALHADORES(AS) URBANOS(AS)
JULES RAMON BRITO TEIXEIRA - UEFS, IRACEMA LUA - UFBA, CÍNTIA MARIA MORAES CARNEIRO - UEFS, TÂNIA MARIA DE ARAÚJO - UEFS


Objetivo: avaliar fatores associados à depressão em população urbana de trabalhadores(as) (TR) e não trabalhadores(as) (NTR), com 15 anos ou mais de idade. Métodos: estudo transversal, com dados da segunda onda da coorte prospectiva “Vigilância em saúde mental e trabalho: uma coorte da população de Feira de Santana-BA” conduzida pelo Núcleo de Epidemiologia-UEFS em 2019 (n=2.841), mediante aplicação de questionário multidimensional contendo o Patient Health Questionnaire (PHQ-9). Estimaram-se prevalências, razões de prevalência e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Na análise bivariada utilizou-se Teste Qui-quadrado de Pearson, com significância de 5%. Resultados: 1.809 participantes informaram a situação de trabalho (TR=54,8%; NTR=45,2%). Destes 1.781 completaram o PHQ-9, identificando-se prevalência de depressão de 9,1%, com aumento de 57% entre NTR (TR=6,7%; NTR=10,5%). Entre não-trabalhadores associaram-se à depressão: sexo feminino (RP=2,11; IC95%=1,17-3,80), saúde autorreferida ruim (RP=5,46; IC95%=3,40-8,76) e alcoolismo (RP=2,81; IC95%=1,03-7,68). Entre trabalhadores associaram-se à depressão: sexo feminino (RP=3,34; IC95%=1,85-6,07), renda ≤1 salário mínimo (RP=2,43; IC95%=1,39-4,26), conflito trabalho-família (RP=3,23; IC95%=1,90-5,86), sobrecarga doméstica média-alta (RP=2,14; IC95%=1,39-4,05), desequilíbrio esforço-recompensa (RP=2,90; IC95%=1,44-5,98), comprometimento excessivo com o trabalho (RP=3,64; IC95%=2,19-6,05) e saúde autorreferida ruim (RP=3,18; IC95%=1,99-5,06). Conclusões: a prevalência da depressão é multifatorial e diverge entre TR e NTR. Ser mulher associou-se à depressão nos dois grupos, com maior efeito entre TR. Conflito trabalho-família e sobrecarga doméstica foram fatores relevantes. O desemprego pode criar barreiras insuperáveis para atenção à saúde e resultar no adoecimento mental, por outro lado, a exposição a fatores ocupacionais deletérios também pode levar à depressão em trabalhadores(as).

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