22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE47 - Saúde do trabalhador (TODOS OS DIAS) |
37898 - SAÚDE MENTAL DE DOCENTES UNIVERSITÁRIOS NA PANDEMIA: POR QUE AS MULHERES ADOECEM MAIS?
PALOMA DE SOUSA PINHO - UFRB, ALINE MACEDO CARVALHO FREITAS - UEFS, TÂNIA MARIA DE ARAÚJO - UEFS
Objetivo: Analisar os transtornos mentais comuns (TMC) durante o trabalho remoto e o distanciamento social entre docentes universitários na pandemia da Covid-19. Métodos: Entre agosto e outubro de 2020 foi conduzido um websurvey com 370 docentes da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). A coleta de dados ocorreu por meio de um formulário eletrônico na plataforma Google Forms enviado aos e-mails institucionais dos docentes e redes sociais. As informações coletadas foram referentes às características gerais; características do trabalho docente durante a pandemia da Covid-19 e situação de saúde. O projeto teve aprovação do comitê de ética em pesquisa. Resultados: A população identificou-se, em sua maioria, como mulheres (58,9%), com idade média de 44 anos, de cor branca (45,1%) e ter companheiro/a (61,5%). Entre todos os docentes, a sobrecarga doméstica alta foi de 28% e os transtornos mentais atingiu 43,8%. Entre as mulheres, esses percentuais subiram para 32,4% e 54,3%, respectivamente. As variáveis associadas aos TMC entre as docentes mulheres foram: ter sobrecarga doméstica alta, dormir mal e ter dificuldade em realizar atividades domésticas e cuidar de filhos menores de 5 anos. Conclusões: A pandemia alterou significativamente o trabalho docente. Ele transferiu-se para casa confundindo o tempo de descanso e tempo de trabalho. As consequências tem sido muito mais impactantes para as mulheres e com maiores repercussões na saúde física e mental das mesmas. Os achados apontam a necessidade de avaliação de gênero nesse contexto educacional.
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