22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE48 - Sistemas de informação em saúde (TODOS OS DIAS) |
34101 - ANÁLISE COMPARATIVA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: BRASIL E ÁFRICA DO SUL
IONARA MAGALHÃES DE SOUZA - UEFS/UFRB, EDNA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, BRIAN EDWARD VAN WYK - UWC, GAIL DENISE HUGHES - UWC, VERONA MATHEWS - UWC
Objetivo: comparar os sistemas de informação do Brasil e da África do Sul em relação à configuração e implementação do quesito raça/cor da pele. Métodos: trata-se de estudo qualitativo, descritivo, baseado na análise de conteúdo proposta por Bardin. Foi realizado um levantamento em documentos do departamento de saúde de ambos os países. O material coletado foi analisado utilizando-se a Classificação Hierárquica Descendente por meio do software IRAMUTEQ R, versão 0,7 alfa 2, com teste x2> 3,80 (p <0,05), aplicativo TABNET versão 4.14 e software Excel, versão 2016. Resultados: da Classificação Hierárquica Descendente do Brasil emergiram sete categorias e da África do Sul, seis categorias. A variável raça/cor da pele não emergiu nas análises. O Brasil apresenta um quantitativo maior e mais diversificado de sistemas de informação em Saúde. No Brasil e na África do Sul, os sistemas de informação em saúde foram fortemente impulsionados em meados dos anos 90. Os sistemas de informação em saúde desses dois países apresentam dimensão histórica semelhante no que diz respeito à configuração e implementação do quesito raça/cor da pele. Em ambos países, vários sistemas de informação em saúde não incluíram raça/cor da pele. No Brasil, a inclusão ocorreu após reivindicações do movimento negro. Na África do Sul, na ocasião da criação dos respectivos sistemas. Conclusões: a configuração histórica da questão raça/cor da pele nos dois países foi guiada por referenciais políticos e ideológicos. Em países multirraciais e desiguais, a raça/cor da pele representa uma categoria política central para a promoção da equidade em saúde.
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