22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE48 - Sistemas de informação em saúde (TODOS OS DIAS) |
36872 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO – SINAN
SILVIA MIGUEL - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, VIVIAN JANINE AMBRIOLA OKU - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ZILDA PEREIRA DA SILVA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
As falhas na qualidade dos dados dos sistemas de informação podem constituir importante limitação para a análise de cenários e prognósticos de saúde populacionais. O SINAN é o sistema mais utilizado para a vigilância epidemiológica, porém, sua qualidade é pouco analisada. OBJETIVO: Realizar uma revisão de literatura em bases de referências bibliográficas sobre artigos que avaliem a qualidade das informações do SINAN, no Brasil, entre 2000 e 2019. MÉTODO: Busca nas bases de referências bibliográficas MEDLINE, LILACS, SciELO, Web of Science e nas referências dos artigos selecionados. RESULTADOS: As buscas retornaram 902 artigos, dos quais 47 foram selecionados. Destacam-se entre as doenças mais pesquisadas a tuberculose e sua associação com AIDS (34,0%), HIV/AIDs (10,6%), dengue (10,6%), intoxicações e envenenamentos (8,51%). Os principais aspectos da qualidade estudados foram subnotificação/cobertura (41%), completude (27,3%), consistência (9,1%), confiabilidade/acurácia (7,6%) e duplicidade (7,6%). Segundo área de estudo, 23,4% englobavam dados do Brasil, e 40,4% e 29,8%, respectivamente, referiam-se às regiões Sudeste e Nordeste. A maioria dos estudos (68,1%) foi publicada entre 2010 e 2019, por autores de universidades (57,5%), Ministério da Saúde (19,2%), Secretarias Estaduais (14,9%;) e Municipais de Saúde (4,3%), na quase totalidade instituições públicas (91,5%). CONCLUSÕES: A subnotificação e a falha na qualidade do preenchimento das fichas foram os aspectos mais frequentes, mostrando que o SINAN precisa ser aprimorado para melhor captar a realidade do quadro de doenças de notificação compulsória do Brasil. A falha no retrato estatístico das doenças compromete o dimensionamento dos serviços necessários à proteção da saúde da população.
|
