22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE51 - Vigilância epidemiológica e vigilância em saúde (TODOS OS DIAS) |
35511 - ACURÁCIA DA DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO HOSPITALIZADO EM SURTO DE FEBRE AMARELA, 2017-2018
ROBERTA FIGUEIREDO CAVALIN - IIER, USCS, FRANCISCO VANIN PASCALICCHIO - IIER, APARECIDA MEI MIGORNE KLIMAS - IIER, CELIA ELISA GUARNIERI - IIER, RICARDO MANFREDO - IIER, LUCIANA MARQUES SANSÃO BORGES - IIER, ANA FREITAS RIBEIRO - IIER, USCS, UNINOVE
A febre amarela (FA) é doença endêmica em regiões tropicais, e desde 2000 tem sido identificada em regiões mais densamente povoadas do Brasil, com risco de reurbanização.
Objetivos: avaliar a acurácia das definições de caso suspeito de FA. Métodos: Estudo retrospectivo realizado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com casos notificados por suspeita de FA, cujo perfil clínico, epidemiológico e laboratorial foi analisado por meio de regressão logística para verificar fatores independentes associados à FA confirmada laboratorialmente, que foram utilizados para criar três propostas de definição de caso suspeito. Estas definições foram analisadas, juntamente com as definições estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando sensibilidade, especificidade, valores preditivos negativo e positivo e área sob a curva (AUC). Resultados: Foram notificados 113 casos suspeitos de FA, com 78 casos confirmados (69,0%). Os fatores preditivos da doença foram trombocitopenia (OR=3,647;IC95%=1,218–10,916), leucopenia (OR=4,901;IC95%=1,578–15,224) e elevação das transaminases (duas vezes o valor de referência) (OR=25,652;IC95%=2,588–254,180). As definições de caso do MS e da OMS apresentaram baixa sensibilidade, 59% e 53,8%, e acurácia também reduzida, 53,1% e 47,8%, respectivamente. A definição proposta composta por febre, elevação de transaminases (duas vezes a referência) e mais uma alteração (leucopenia ou trombocitopenia) apresentou alta sensibilidade (89,5%), especificidade (65,7%) e melhor acurácia (82,0%). Conclusões: Acredita-se que o aumento da acurácia em detectar a FA, principalmente em situações de emergência e em novas áreas, fortalece a vigilância epidemiológica e contribui para a implementação de medidas preventivas, como a vacinação oportuna.
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