22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE51 - Vigilância epidemiológica e vigilância em saúde (TODOS OS DIAS) |
36580 - COVID-19 E DESIGUALDADE INTRAURBANA: INTERSEÇÃO DE SABER ENTRE ACADEMIA E GESTÃO EM SAÚDE
DÉBORA MORAES COELHO - UFMG, BRUNO DE SOUZA MOREIRA - UFMG, ALINE DAYRELL FERREIRA SALES - UFMG, AMANDA CRISTINA DE SOUZA ANDRADE - UFMT, AMÉLIA AUGUSTA DE LIMA FRICHE - UFMG, CAMILA TEIXEIRA VAZ - UFJF, ELAINE LEANDRO MACHADO - UFMG, DENISE MARQUES SALES - UFMG, GABRIEL MARCO DE SOUZA LISBOA - UFMG, GUILHERME APARECIDO SANTOS AGUILAR - UFMG, MARIA ANGÉLICA DE SALLES DIAS - UFMG, MESSIAS INÁCIO DA SILVA CARVALHO - UFMG, SOLIMAR CARNAVALLI ROCHA - UFMG, URIEL MOREIRA SILVA - UFMG, WALESKA TEIXEIRA CAIAFFA - UFMG
Objetivo: Este estudo visa apresentar uma ação conjunta desenvolvida pelo Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH) da Universidade Federal de Minas Gerais e a Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA-BH) com o objetivo de fornecer informações refinadas que possam contribuir para o entendimento da dinâmica da epidemia e induzir ações relacionadas ao manejo dos casos de COVID-19. Métodos: Utilizando dados georreferenciados do banco de dados da Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG (SIVEP-Gripe), com internações e óbitos por SRAG-COVID e SRAG-não especificada, fornecidos semanalmente pela SMSA-BH, foi analisada a distribuição dos eventos ao longo do tempo, geocodificados na cidade, considerando índice demográfico, clínico e índice de vulnerabilidade social (IVS) do setor censitário. Resultados: De 01/03/2020 a 02/06/2020, um total de 24.128 pessoas foram internadas com o diagnóstico de SRAG (SARG-COVID: 43,7%; SRAG-não especificada: 56,3%) e 7.439 morreram (2.404 de SRAG-COVID; 1.900 de SRAG-não especificada). O risco de hospitalizações foi maior para aqueles que vivem em áreas de maior vulnerabilidade quando comparados àqueles que vivem em áreas de baixo risco (SRAG-COVID: RR = 1,69; IC95% 1,46-1,96; SRAG-não especificada: RR = 1,08; IC95% 1,01-1,17). Conclusão: À medida que a epidemia de COVID-19 avança na cidade, as desigualdades socioespaciais intraurbanas continuam a se manifestar como um importante determinante social da saúde. A parceria estabelecida tem sido importante na construção de conhecimento para subsidiar ações relacionadas ao gerenciamento de casos e controle da epidemia no município.
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