22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE51 - Vigilância epidemiológica e vigilância em saúde (TODOS OS DIAS) |
36722 - ÓBITOS POR MNT NO BRASIL: UMA ABORDAGEM DE REGRESSÃO LOGÍSTICA MULTINOMIAL KAREN MACHADO GOMES - CRPHF/ENSP/FIOCRUZ, MARCELA BHERING - CRPHF/ENSP/FIOCRUZ, JESUS PAIS RAMOS - CRPHF/ENSP/FIOCRUZ, LUCIANA DISTASIO DE CARVALHO - CRPHF/ENSP/FIOCRUZ, CARLOS EDUARDO DIAS CAMPOS - CRPHF/ENSP/FIOCRUZ, PAULO CÉSAR CALDAS - CRPHF/ENSP/FIOCRUZ, WILLIAM MARCO VICENTE DA SILVA - CRPHF/ENSP/FIOCRUZ, PAULO VICTOR DE SOUSA VIANA - CRPHF/ENSP/FIOCRUZ
Objetivo: Identificar os fatores associados ao óbito em pacientes com micobactérias não-tuberculosas (MNT) no Brasil. Métodos: A população de estudo foi composta pelos casos de abrangência nacional notificados no SITETB como casos de MNT no período de 01/01/2010 até 31/12/2020. Realizou-se análise de regressão logística multinominal para elucidar os fatores associados ao óbito. As análises estatísticas foram realizadas no software livre R 4.1.1. Resultados: Dos 2.864 casos, 44% eram Complexo M. avium, 30% M. kansasii, 20% Complexo M. abscessus e 6,1% Complexo M. fortuitum. Deste total, 6,4% foram a óbito por MNT e 4,8% por outras causas. As maiores proporções de óbito por MNT foram entre os indivíduos do sexo masculino (62%), da categoria cor ou raça branca (49,0%), com 60 anos ou mais (46,0%), residentes do Sudeste (40,0%). Os casos do sexo masculino (OR = 1,62; IC95%: 1,17-2,23), cor ou raça preta (OR = 1,34; IC95%: 1,03-1,74), com MNT prévia (OR = 2,43; IC95%: 1,73-3,42) e Complexo M. fortuitum (OR = 1,74; IC95%: 1,13-2,67) estiveram associados ao óbito por MNT. Estiveram associados ao óbito por outras causas ser analfabeto (OR = 2,08; IC95%: 1,32-3,28) e forma extrapulmonar (OR = 2,68; IC95%: 1,67-4,31). Conclusões: Os resultados fornecem informações relevantes sobre a mortalidade em pacientes com MNT no Brasil, subsidiando à tomada de decisão no âmbito clínico-epidemiológico e para o planejamento por parte dos gestores em saúde.
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