22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE51 - Vigilância epidemiológica e vigilância em saúde (TODOS OS DIAS) |
37713 - OCORRÊNCIA DE IRAS EM ÁREA DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO RJ MARIANA DE BARROS ARAUJO - UFRJ, ÉRIKA FONSECA CAMARGO MARSICO - UFRJ, JOANA DE OLIVEIRA PANTOJA FREIRE - UFRJ, CHRISTIANY MOÇALI GONZALEZ - UFRJ
Frente à emergência sanitária vivenciada em todo o mundo e do encontro das pandemias de COVID-19 e das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), esse estudo tem como objetivo: descrever a ocorrência de IRAS e o perfil microbiológico dos micro-organismos multirresistentes (MDR) isolados em áreas de coortes de terapia intensiva (CTI) geral e COVID-19, de um hospital universitário do Rio de Janeiro. Metodologia: Trata-se de um estudo seccional e retrospectivo. A amostra foi composta por isolados bacteriológicos de pacientes internados entre janeiro e setembro de 2020 que receberam o diagnóstico de algum tipo de IRAS ou colonização. Resultados: Entre 2019 e 2020 houve diferença importante na distribuição mensal da taxa de incidência de MDR em todos os setores do hospital. A média das taxas de incidência foi de 2,33 casos em 2019 e 5,11 casos em 2020. No primeiro ano pandêmico, 148 pacientes internados em CTI apresentaram MDR e desses, 71,6% estavam no CTI COVID-19. Os micro-organismos ERC – enterobactérias resistentes a carbapenêmicos – (60%) e MRSA - Staphylococcus aureus resistente a meticilina – (20%) foram os mais presentes e a infecção primária de corrente sanguínea (53%) foi a mais observada no período. Tanto o tipo de micro-organismo quanto a situação sobre infecção ou colonização não apresentaram significância estatística na comparação entre CTI geral e CTI COVID-19. Conclusão: Foi possível observar aumento na incidência de IRAS e MDR entre os hospitalizados em unidade de terapia intensiva durante o cenário de pandemia, o que reflete maior ocorrência de falhas na assistência à saúde.
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