23/11/2021 - 09:00 - 10:10 COC 09 - DETERMINANTES E IMPACTOS DA COVID-19 NO BRASIL |
35909 - SOLIDÃO EM ADULTOS BRASILEIROS MAIS VELHOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: ELSI-COVID JULIANA LUSTOSA TORRES - UFMG, LUCIANA DE SOUZA BRAGA - UFMG, BRUNO DE SOUZA MOREIRA - UFMG, CAMILA MENEZES SABINO CASTRO - FIOCRUZ-MINAS, CAMILA TEIXEIRA VAZ - UFJF, AMANDA CRISTINA DE SOUZA ANDRADE - UFMT, FABÍOLA BOF ANDRADE - FIOCRUZ-MINAS, MARIA FERNANDA LIMA-COSTA - UFMG, WALESKA TEIXEIRA CAIAFFA - UFMG
Objetivos: Estimar a prevalência da solidão em adultos brasileiros mais velhos durante a pandemia da Covid-19 e investigar sua associação com as restrições de contato social ao longo do primeiro quadrimestre da pandemia no Brasil. Métodos: Amostra composta por 4.431 indivíduos com 50 anos e mais, participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) e iniciativa ELSI Covid-19. A solidão foi avaliada pela pergunta: Nos últimos 30 dias, com que frequência você se sentiu sozinho (nunca/algumas vezes/sempre)? As restrições de contato social foram definidas como baixa frequência (inferior a uma vez por semana) de contatos virtuais (via telefone ou Internet) e presenciais (fora do domicílio) com familiares e amigos. A regressão logística multinomial foi utilizada para estimar as odds ratios e respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. Resultados: A prevalência total de solidão durante a pandemia foi 23,9% (IC 95% 20,7-27,5), inferior ao período pré-pandêmico (entre 2019-2020: 32,8%; IC 95% 28,6-37,4). Na pandemia, 20,1% (IC 95% 16,9-23,6) sentiram-se sós algumas vezes e 3,9% sentiram-se sós, sempre (IC 95% 3.1-4,8). No modelo multivariado, baixa frequência de contatos virtuais associou-se positivamente a sentir-se só algumas vezes (OR=1,67; IC 95% 1,09-2,56) e baixa frequência de contatos presenciais fora do domicílio associou-se negativamente a sempre sentir-se só (OR=0,33; IC 95% 0,18-0,60). Conclusões: Adultos brasileiros mais velhos com baixa frequência de contatos virtuais e alta frequência de contatos presenciais fora do domicílio apresentaram maior probabilidade de reportar solidão durante o primeiro quadrimestre da pandemia da Covid-19.
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