24/11/2021 - 09:00 - 10:10 COC 28 - CÂNCER DE MAMA E DE COLO DE ÚTERO |
36631 - PERDA DE PRODUTIVIDADE POR MORTALIDADE PREMATURA POR CÂNCER COLO DO ÚTERO NO BRASIL MARIANNA DE CAMARGO CANCELA - INCA, JONAS EDUARDO MONTEIRO DOS SANTOS - INCA, LEONARDO BORGES LOPES DE SOUZA - INCA, LUIS FELIPE LEITE MARTINS - INCA, DYEGO LEANDRO BEZERRA DE SOUZA - UFRN, ANTON BARCHUK - TAMPERE UNIVERSITY, ARTHUR ORLANDO CORREA SCHILITHZ - INCA, PAUL HANLY - NATIONAL COLLEGE OF IRELAND, LINDA SHARP - NEWCASTLE UNIVERSITY, ALISON PEARCE - THE UNIVERSITY OF SYDNEY, ISABELLE SOERJOMATARAM - IARC
Objetivos: Estimar os anos potenciais de vida produtiva perdidos (APVPP) e o custo d a mortalidade prematura por câncer do colo do útero (CID:C53), no Brasil, entre 2000 e 2030.
Métodos: Nós utilizamos abordagem do capital humano como método para estimar os custos indiretos da mortalidade prematura por câncer do colo do útero. Dados de mortalidade foram obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade. A expectativa de vida, as taxas participação da força de trabalho, de desemprego e salário foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A perda de produtividade foi calculada como sendo o valor econômico entre a ocorrência do óbito e a idade de aposentadoria.
Resultados: Os óbitos por câncer do colo do útero aumentaram 36% (28.449 casos) no período analisado, com taxas de mortalidade em declínio. Estimou-se 561.728 APVPP em 2030, correspondendo a US$ 1.801.271.040 (17,3% da perda de produtividade por todas as neoplasias). Em todas as macrorregiões do Brasil, figurou como o segundo câncer com maior custo entre as mulheres, exceto na região Norte onde a neoplasia apresentou o maior impacto econômico em todo o período, ultrapassando as neoplasias de mama.
Conclusões: Nossos resultados mostraram que o câncer do colo do útero está entre as neoplasias com os maiores custos indiretos por mortalidade prematura por câncer no Brasil, sendo a neoplasia de maior impacto econômico entre as mulheres da região Norte. Os achados refletem as disparidades socioeconômicas do país que inclui insuficiência no acesso ao rastreamento, baixa cobertura vacinal do HPV, diagnóstico tardio e atraso no início do tratamento.
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