24/11/2021 - 09:00 - 10:10 COC 34 - ENSINO, MÉTODOS E TÉCNICAS EM EPIDEMIOLOGIA |
38052 - PADRÕES DE MORTALIDADE NO BRASIL: UMA ABORDAGEM DE BIG DATA DAVI DA SILVERIA BARROSO ALVES - UNIRIO, ENIRTES CAETANO PRATES MELO - ENSP/FIOCRUZ, OSWALDO GONÇALVES CRUZ - PROCC/FIOCRUZ
Objetivo: Analisar padrões de mortalidade segundo grupos de causa no Brasil.
Métodos: Estudo ecológico abordando óbitos registrados no SIM de 1979 a 2016 (n=32.570.090). Utilizou-se o algoritmo de árvore de decisão (CART) tendo como variáveis independentes Ano de Óbito, Sexo, Faixa Etária, Estado Civil, Local de Ocorrência do Óbito e UF de Residência, e como variável dependente o Grupo de Causa de Óbito (Infecciosas, Neoplasias, Circulatórias, Respiratórias, Causas Externas, Mal Definidas e Demais Causas). O resultado foi apresentado através de gráfico.
Resultados: O Local de Ocorrência foi o principal preditor da causa de óbito seguido da Faixa Etária e UF de Residência. A maioria dos óbitos ocorridos em via pública e outros locais foram por Causas Externas (68%). Nos óbitos em estabelecimentos de saúde entre indivíduos com 30 ou mais anos sobressaíram as Doenças Circulatórias (36%), entre indivíduos de 1 a 29 anos as Causas Externas (39%) e entre os menores de 1 ano as Demais Causas (65%). Entre os óbitos domiciliares nas UF do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, além de AP, RO, RR e TO, sobressaíram as Doenças do Aparelho Circulatório (36%) e nas demais UF do Norte e Nordeste as Mal Definidas (56%).
Conclusões: Constatou-se padrões de mortalidade que refletem as desigualdades sociais, econômicas, demográficas e de saúde no país, sinalizando a existência de “Vários Brasis”. Os padrões observados vão ao encontro da literatura, destacando o potencial do uso de técnicas de Machine Learning e Big Data para abordar grandes bases de dados em saúde.
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