25/11/2021 - 09:00 - 10:10 COC 56 - RISCO CARDIOVASCULAR |
33675 - O FENÓTIPO METABOLICAMENTE SAUDÁVEL E O RISCO DE MORTALIDADE ENTRE ADULTOS WOLNEY LISBOA CONDE - FSP-USP
Introdução: Usar dados antropométricos e bioquímicos para classificar de forma multidimensional o estado nutricional está na origem do uso de fenótipos metabólicos para descrever risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) entre adultos.
Objetivo: Avaliar a associação entre fenótipos antropométricos-bioquímicos e a mortalidade por causas cardiovasculares ou por outras DCNT entre adultos.
Métodos: Selecionamos 53.462 adultos nas bases NHANES III (1988-1994) e NHANES IV (1999-2015) e unimos com dados de mortalidade até 2015. Usamos as variáveis antropométricas, bioquímicas e pressóricas mencionadas nas principais definições multivariadas de síndromes ou transtornos metabólicos na literatura. Em seguida utilizamos essas variáveis na Análise de Principais Componentes (APC) para formar padrões com todas as combinações possíveis entre as variáveis [eigenvalues>=0.7;loadings>=0.3]. Usando regressão de Poisson, estimamos o risco relativo (RR) para mortalidade por causas cardiovasculares (MCV) ou outras DCNT (MDCNT). Os modelos foram ajustados por idade e escolaridade.
Resultados: A APC gerou 4 padrões representativos: o primeiro (P1) com virtualmente todas variáveis antropométricas e bioquímicas; o segundo (P2) com variáveis do metabolismo da glicose; o terceiro (P3) com variáveis do colesterol e pressóricas; o quarto (P4) com triglicérides e colesterol. P1 e P3 se mostraram mais associados a MCV (RR=1.32 e RR=1.24, respectivamente) que a MDCNT (RR=1.18 e RR=1.11). Os outros não mostraram associações significativas estatisticamente.
Conclusão: Padrões antropométricos-bioquímicos são instrumentos clínicos válidos para estimar riscos, entretanto seu valor se mostra mais restrito que aquele observado em outros estudos da literatura.
|