25/11/2021 - 09:00 - 10:10
COC 57 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS, CONSUMO ALIMENTAR E EXCESSO DE PESO |
32905 - PROJEÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS ATRIBUÍVEL AO EXCESSO DE PESO NO BRASIL EM 2020-2030
BEATRIZ VITÓRIA GIANNICHI - UNIFESP, BRUNA RESENDE - UNIFESP, LAÉRCIO DA SILVA PAIVA - UNIFESP, GERSON FERRARI - USACH, FERNANDO ADAMI - CUSABC, EDUARDO NILSON - NUPENS, LEANDRO FÓRNIAS MACHADO DE REZENDE - UNIFESP
Objetivo: Estimar a projeção da morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) atribuível ao excesso de peso no Brasil no período de 2020-2030. Método: Utilizou-se dados de Índice de Massa Corporal (IMC) coletados por entrevista telefônica pelo Vigitel junto a 730.309 mil adultos (≥18 anos) nas capitais de estado do Brasil e Distrito Federal entre 2006 a 2019. Para projeção da morbimortalidade por DCNT atribuível ao excesso de peso (IMC ≥25 Kg/ m2) no período de 2020-2030, utilizou-se modelo de simulação por tabela de vida multiestado para estimar incidência, prevalência e mortalidade por 11 DCNTs (doenças coronarianas, acidente vascular cerebral [AVC], doenças cardíacas hipertensivas, diabetes, cirrose, doença renal crônica e cânceres de mama, cólon, pâncreas, rim e fígado), considerando a manutenção da taxa de crescimento do excesso de peso observada entre 2006 e 2019 na próxima década. Resultados: Estima-se que ocorrerão 1.923.067 casos (mulheres=51,0%) e 409.832 mortes (homens=54,5%) por DCNTs atribuíveis ao excesso de peso no Brasil até 2030. Destacam-se com maior número de casos o Diabetes Mellitus (697.740 casos; 35,4% do total de casos), doença renal crônica (607.315 casos; 30,9%) e AVC (272.362 casos; 13,9%). Em relação às doenças com maior número de mortes destacam-se doença coronariana (124.439 óbitos; 30,4% do total de óbitos), AVC (93.008 óbitos; 22,7%), cânceres (62.850 óbitos; 15,3% do total de óbitos) e Diabetes Mellitus (50.153 óbitos; 12,2%). Conclusões: Se não contida a tendência de aumento do excesso de peso, ocorrerão 409.832 (14,2%) mortes e 1.923.067 novos casos de DCNTs no Brasil até 2030.
|
