25/11/2021 - 09:00 - 10:10
COC 57 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS, CONSUMO ALIMENTAR E EXCESSO DE PESO |
33056 - CARGA DE DOENÇAS ATRIBUÍVEL AO CONSUMO INADEQUADO DE GRÃOS INTEGRAIS NO BRASIL
MAGDA DO CARMO PARAJÁRA - UFOP, HELTON DA COSTA PAIVA - UFOP, MARIANA CARVALHO DE MENEZES - UFOP, ÍSIS ELOAH MACHADO - UFOP, ADRIANA LÚCIA MEIRELES - UFOP
Objetivo: Descrever a carga de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) atribuível ao consumo inadequado de grãos integrais no Brasil e suas 27 Unidades Federadas, em 2019. Métodos: Estudo ecológico com estimativas do estudo Global Burden of Disease (GBD) 2019. Usando uma abordagem comparativa de avaliação de risco, determinou-se a carga de DCNT atribuída ao consumo inadequado de grãos de integrais (como farelo, gérmen e endosperma na sua proporção natural em cereais, pães, arroz, etc.) entre adultos brasileiros (≥ 25 anos). As métricas usadas foram mortalidade e anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALYs), ambas apresentadas com intervalos de incerteza de 95% (II95%). Resultados: O consumo inadequado de grãos integrais contribuiu com 33.250 (II95%: 17.845–42.606) óbitos e 838.964 (II95%: 463.652–1.069.155) DALYs por DCNT no Brasil, tendo colaborado para a ocorrência de doenças cardiovasculares (26.603 [II95%: 11.587–35.501] óbitos; 640.332 [II95%: 274.906–853.286] DALYs), cânceres (3.874 [II95%: 1.445–5.213] óbitos; 92.100 [II95%: 34.347–123.651] DALYs) e diabetes (2.773 [II95%: 759–4.261] óbitos; 106.532 [II95%: 26.081–171.494] DALYs). Os estados com as maiores taxas, tanto de mortalidade quanto de DALYs, foram Maranhão (20,72 [II95%: 10,56–28,04] óbitos/100.000; 490,15 [II95%: 258,34–664,95] DALYs/100.000) e Pernambuco (19,41 [II95%: 10,00–25,53; 471,92 [II95%: 242,65–615,40] DALYs/100.000). Conclusões: A alimentação insuficiente em grãos integrais possui expressivo impacto nas DCNT para a população brasileira, principalmente nos estados do Maranhão e Pernambuco. Com isso, sugere-se o fomento a estratégias que incentivem o consumo de grãos integrais, seguindo as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira.
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