25/11/2021 - 09:00 - 10:10 COC 58 - HANSENÍASE E LEISHMANIOSE VISCERAL: ANÁLISES ESPACIAS E TEMPORAIS |
37881 - TENDÊNCIAS DA HANSENÍASE EM UM ESTADO HIPERENDÊMICO DA REGIÃO AMAZÔNICA, 2001 A 2020 MARINA PICCOLO DE ALMEIDA - ITPAC PALMAS, LUCAS SALES SCHERR - ITPAC PALMAS, SARA MARTINS GUARDA - ITPAC PALMAS, MARNE NOLETO SALES - ITPAC PALMAS, LORENA DIAS MONTEIRO - ITPAC PALMAS
Objetivo: Analisar a tendência dos indicadores da hanseníase no período de 2001 a 2020 no estado do Tocantins. Métodos: Estudo ecológico de série temporal (regressão de Joinpoint) com dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Resultados: O coeficiente de detecção geral apresentou quatro tendências temporais, sendo de estabilidade no período de 2001 a 2007 (Tendência 1), decréscimo significativo de 6,2% entre 2007 e 2015 (Tendência 2), estabilidade entre 2015 a 2018 (Tendência 3), e significativa queda de 28,2% entre 2018 e 2020 (Tendência 4). O coeficiente de detecção em menores de 15 anos apresentou tendência de estabilidade no período de 2001-2020 (AAPC:-1,0; IC95% -2,8 a 0,8). A proporção de casos na classificação paucibacilar apresentou tendência de queda significativa de 2,7% entre 2001 e 2014 (Tendência 1) e de 25,3% entre 2014 e 2020 (Tendência 2). Essa redução foi de 10,5% considerando o período total (2001 a 2020). A proporção de casos multibacilares aumentou significativamente em 3,3% no período de 2001 a 2014 (Tendência 1) e em 14,4% entre 2014 e 2017 (Tendência 2). No período total a proporção de multibacilares aumentou significativamente em 4,7%. O percentual de casos com grau 1 e 2 de incapacidade física apresentou aumento significativo de 6,5% e 4,9%, respectivamente (AAPC). Conclusão: Apesar dos esforços dos serviços de saúde, a tendência dos indicadores analisados demonstram que a hanseníase mantém-se em alta magnitude no estado do Tocantins, com transmissão ativa e diagnóstico tardio, evidenciando a persistência do status hiperendêmico.
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