25/11/2021 - 09:00 - 10:10
COC 58 - HANSENÍASE E LEISHMANIOSE VISCERAL: ANÁLISES ESPACIAS E TEMPORAIS |
38039 - ANÁLISE DOS PADRÕES ESPACIAIS, TEMPORAIS E ESPAÇO-TEMPORAIS DA LEISHMANIOSE VISCERAL
KATYUCIA OLIVEIRA CRISPIM DE SOUZA - USP, CAÍQUE JORDAN NUNES RIBEIRO - UFS, ALLAN DANTAS DOS SANTOS - UFS, SHIRLEY VERÔNICA MELO ALMEIDA LIMA - UFS, TATIANA RODRIGUES DE MOURA - UFS
Objetivo: Analisar os padrões espaciais, temporais e espaço-temporais da leishmaniose visceral (LV) nos municípios do Nordeste brasileiro. Métodos: Estudo ecológico, de série temporal, com técnicas de análise espacial, que incluiu todos os casos confirmados de LV nos 1.794 municípios do Nordeste do Brasil, de 2000 a 2017. As tendências temporais foram analisadas por regressão linear segmentada. Os aglomerados de alto risco para LV foram obtidos por meio dos índices de Moran global (I) e local (LISA) univariados e da estatística de varredura espaço-temporal. Resultados: um total de 36.498 casos confirmados de LV foram incluídos, dos quais 28,86% foram provenientes do Maranhão. A incidência anual manteve-se estável e variou de 4,84-3,52 casos/100.000 habitantes (APC: -1,22; IC95%: -2,5-0,1). No entanto, houve expansão territorial da doença entre os anos 2010 e 2017 (APC: 3,6; IC95%: 1,0-6,4), com aumento da proporção de municípios com transmissão. A incidência de LV apresentou significativa dependência espacial (I = 0,338; p = 0,001). Aglomerações espaciais (269 municípios) e espaço-temporal (465 municípios; 2000-2008; RR = 3,35; p < 0,001) foram identificadas nas sub-regiões sertão e meio-norte, coincidindo com áreas de alta vulnerabilidade social. Conclusão: A LV permanece um sério problema de saúde pública na região Nordeste do Brasil, tendo em vista a estabilidade da sua incidência, a expansão territorial de novos casos e a aglomeração em municípios com maior vulnerabilidade social.
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