25/11/2021 - 09:00 - 10:10
COC 60 - EPIDEMIOLOGIA DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA |
34010 - COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA ENTRE MULHERES RURAIS: UM RECORTE DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE
BRUNO NEVES DA SILVA - UFRN, GERLANE CRISTINNE BERTINO VÉRAS - UFCG, CÍCERA RENATA DINIZ VIEIRA SILVA - UFCG, MAÍSA GALDINO PEREIRA - UFCG, SANDY YASMINE BEZERRA E SILVA - UFRN, RAYANE SARAIVA FELIX - UFRN, CAMILA PRISCILA ABDIAS DO NASCIMENTO - UFRN, ERIKA SIMONE GALVÃO PINTO - UFRN
Objetivo: Analisar a realização de colpocitologia oncótica por mulheres rurais brasileiras. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, em que foram utilizados dados extraídos da última Pesquisa Nacional de Saúde, um inquérito populacional de base domiciliar representativo para o Brasil realizado em 2013. Utilizou-se, para extração e análise estatística descritiva e inferencial dos dados, o software SPSS versão 20.0®. Resultados: A realização do exame de colpocitologia oncótica foi referida por 1.859 mulheres rurais. Em relação às características sociodemográficas dessas mulheres, 48,3% referiu estarem solteiras e 38,3% casadas; 63,2% se autodeclarou parda. A média de idade foi de 40,9 anos. Não foi evidenciada associação estatisticamente significativa entre a zona de habitação (urbana ou rural) e a realização do exame (χ2=0,034; p=0,856). Os principais motivos de não realização da colpocitologia oncótica foram: percepção de que o exame é desnecessário (40,2%), falta de orientação para realizar o exame (21,1%) e vergonha (14,6%). Além desses motivos, teve-se o fato de nunca ter tido relações sexuais (7,7%), dificuldades na marcação da consulta (3%) e alto tempo de espera no serviço de saúde (1,7%). Conclusões: A cobertura da colpocitologia oncótica, principal estratégia utilizada para prevenir o câncer do colo uterino no Brasil, ainda enfrenta barreiras relacionadas a vulnerabilidades sociais, individuais e programáticas, que necessitam ser superadas com vistas a proporcionar melhor atenção à saúde da mulher no meio rural.
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