25/11/2021 - 09:00 - 10:10
COC 60 - EPIDEMIOLOGIA DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA |
38163 - CARACTERÍSTICAS DAS MÃES IMIGRANTES HAITIANAS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ZILDA PEREIRA DA SILVA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - FSP/USP, SOPHIA FURUCHO RABELO - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - FSP/USP, VICTORIA ALMEIDA GUERRA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - FSP/USP
Objetivo: descrever as características da gestação, do parto e dos nascidos vivos de mulheres imigrantes haitianas e comparar com o perfil das mães brasileiras, no Município de São Paulo (MSP), no período de 2012 a 2020. Métodos: estudo descritivo, com dados secundários do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), fornecidos pela SMS/SP. Foram analisadas as variáveis: idade, escolaridade, situação conjugal, paridade, tipo de gravidez, tipo de parto, mês de início do pré-natal, número de consultas de pré-natal, idade gestacional, peso ao nascer, Índice de Apgar de 1º minuto, local de nascimento e tipo de hospital de nascimento. Resultados: Foram estudados 2.483 nascidos vivos de mães haitianas. A maioria das mães tinha entre 20 e 34 anos (81,8%) e a proporção de gravidez na adolescência foi muito inferior (1,3%) ao das brasileiras (12%). A maioria das haitianas tinha ensino médio completo (76,4%) e apenas 9,9% com ensino superior. A proporção de pré-termos foi semelhante para os dois grupos e o baixo peso foi ligeiramente superior para haitianos (11,6%). O parto vaginal foi mais frequente para haitianas (60,1%) do que brasileiras (46,8%). Cerca de 75% de haitianas e brasileiras tiveram 7 ou mais consultas de pré-natal, com início no 1º. trimestre de gestação para 76,5% e 84,4%, respectivamente. A quase totalidade dos partos das haitianas ocorreu em hospitais do SUS (95,7%), superior à das brasileiras (58,9%). Conclusões: O perfil das mães haitianas difere principalmente em relação à gravidez na adolescência, baixo peso ao nascer, tipo de parto e utilização do SUS.
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