25/11/2021 - 09:00 - 10:10 COC 62 - VULNERABILIDADES E INDICADORES DE SAÚDE |
33628 - ASSOCIAÇÃO DA VULNERABILIDADE SOCIAL COM OS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE ISABELA DE CAUX BUENO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG), ESCOLA DE ENFERMAGEM, EYLEEN NABYLA ALVARENGA NIITSUMA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG), ESCOLA DE ENFERMAGEM, RAYSSA NOGUEIRA RODRIGUES - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS (UEMG), UNIDADE DIVINÓPOLIS, IZABELLE SANTIAGO AZEVEDO FIRMINO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG), ESCOLA DE ENFERMAGEM, TERCIA MOREIRA RIBEIRO DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG), ESCOLA DE ENFERMAGEM, FRANCISCO CARLOS FÉLIX LANA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG), ESCOLA DE ENFERMAGEM
Objetivo: Analisar a associação da vulnerabilidade social com os indicadores epidemiológicos da hanseníase nos municípios mineiros. Método: Trata-se de um estudo ecológico, realizado no período de 2008 a 2017. Considerou-se como variável dependente as médias das taxas de detecção geral e em menores de 15 anos e da proporção de casos com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico, categorizadas conforme as Diretrizes da hanseníase e disponibilizadas pelo SINAN. A variável independente foi o Índice de Vulnerabilidade Social do ano de 2010, categorizado segundo recomendação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. O tratamento dos dados foi realizado no software Excel e a análise estatística utilizou o teste Qui-quadrado de Pearson e odds ratio por meio do software SPSS. Resultados: Municípios com vulnerabilidade social média ou alta tiveram quase três vezes mais chance de apresentarem endemicidade alta, muito alta ou hiperendemia de hanseníase, quando comparados àqueles com baixa vulnerabilidade (OR=2,5; p<0,0001 e OR=2,4 p=0,0001, respectivamente). Semelhantemente, a média e alta vulnerabilidade contribuíram para maiores taxas de detecção em menores de 15 anos (OR=2,2; p=0,0014 e OR=2,7; p=0,0002, respectivamente). A vulnerabilidade social não foi associada ao aumento na proporção de casos com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico (x2=0,247). Conclusão: O aumento da vulnerabilidade social está associado à maior transmissão da hanseníase e continuidade da endemia nos municípios mineiros, ressaltando a necessidade de superação da pobreza para avanços no controle da doença.
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