25/11/2021 - 14:00 - 15:10 COC 65 - SAÚDE DO/DA ADOLESCENTE 1 |
32504 - TRAJETÓRIAS DA DEPRESSÃO MATERNA E COMPORTAMENTOS DE RISCO NA ADOLESCÊNCIA ANA BEATRIZ BOZZINI - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA. FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, FMUSP, SP, BRASIL., JÉSSICA MARUYAMA - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA. FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, FMUSP, SP, BRASIL., TIAGO N. MUNHOZ - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. PELOTAS, RS, BRASIL, INÁ S. SANTOS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. PELOTAS, RS, BRASIL, ALUÍSIO JD BARROS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. PELOTAS, RS, BRASIL., FERNANDO C BARROS - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE E COMPORTAMENTO, UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS. PELOTAS, RS, BRASIL., ALICIA MATIJASEVICH - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA. FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, FMUSP, SP, BRASIL.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. PELOTAS, RS, BRASIL.
OBJETIVOS: Avaliar se a sintomatologia depressiva materna nos primeiros anos de vida do filho prediz comportamentos de risco na adolescência. MÉTODOS: Foram incluídos 3.437 adolescentes de 11 anos da Coorte de Nascimento de Pelotas 2004. A sintomatologia depressiva materna foi identificada por meio do Edinburgh Postnatal Depression Scale, aplicado nos acompanhamentos realizados entre os 3 meses e 11 anos. Trajetórias de sintomatologia depressiva foram construídas usando abordagem semiparamétrica baseada em grupo, identificando-se cinco diferentes trajetórias: “baixa”, “moderada baixa”, “ascendente”, “descendente” e “crônica alta”. Os seguintes comportamentos de risco foram examinados nos adolescentes: envolvimento em brigas e experimentação de álcool. Utilizou-se regressão logística para avaliar os efeitos das cinco trajetórias da sintomatologia depressiva materna nos comportamentos dos adolescentes, controlando para potenciais variáveis de confusão. RESULTADOS: Uso de álcool e envolvimento em brigas aos 11 anos de idade não se associaram a nenhuma trajetória da depressão materna em análise bruta e ajustada (p> 0,05). CONCLUSÕES: Diferentemente da literatura existente, a ocorrência de uso de álcool e envolvimento em brigas dentre os adolescentes de 11 anos de idade não variou de acordo com nenhuma trajetória específica da depressão materna. Esta divergência pode ter ocorrido pelo fato desta análise ter sido ajustada para diversas covariáveis paternas, maternas, gestacionais e de parto e não apenas para gênero e características socioeconômicas como em estudos prévios. Além disso, utilizou-se um instrumento validado para identificar a exposição e identificou-se cada desfecho individualmente e não em clusters, fornecendo resultados mais precisos e justificando, em parte, as associações negativas.
|