23/11/2021 - 17:00 - 18:10
COC 20 - EPIDEMIOLOGIA DA SAÚDE DO ADULTO: SAÚDE DA MULHER |
32987 - DESLOCAMENTO GEOGRÁFICO PARA ATENÇÃO AO PARTO NO BRASIL
RICARDO LEAL SABROZA - UFF, HELIA KAWA - UFF, SANDRA COSTA FONSECA - UFF
Objetivo: Verificar a distância percorrida pelas gestantes entre o domicílio de residência da gestante e o hospital de assistência ao parto nas regiões brasileiras no período 2011-2012 Metodologia: Utilizaram-se dados do Nascer no Brasil, estudo nacional de base populacional, com coleta de dados hospitalares, realizado em amostra de 23.894 puérperas e seus recém-nascidos, estratificada pelas cinco macrorregiões do país. Foram construídos mapas temáticos empregando a malha digital do IBGE. A distância euclidiana foi a medida escolhida para cálculo da distância espacial entre a maternidade e a residência da gestante. Resultados: Foram georreferenciadas 16.989 (71% das gestantes): a maior parte no sudeste (82,9%), seguida da região Centro Oeste (77,0%) e Sul (74,3%). Norte (62,1) e Nordeste (55,1) apresentaram proporções menores. A distância euclidiana também mostrou importante variação: Norte e Centro oeste tiveram as maiores médias da distância euclidiana entre a maternidade e o domicílio da gestante (MD = 307 e 301 km, respectivamente) seguidas da região nordeste com (MD = 120 km), ficando o sul e o sudeste com médias mais baixas (MD = 81 e 93 km, respectivamente). Conclusão: Gestantes de algumas regiões estão mais sujeitas à peregrinação e a grandes deslocamentos para o local do parto. Evidenciou-se iniquidade geográfica relacionada à informação e ao deslocamento, o que pode contribuir para acentuar as desigualdades nos desfechos perinatais observadas nas regiões brasileiras. Deve ser identificada a origem desta diferença, se por falhas no processo de regionalização e ou escassez dos equipamentos de saúde para atendimento ao parto.
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