23/11/2021 - 17:00 - 18:10 COC 25 - DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL E VULNERABILIDADE INFANTIL |
37856 - DÉFICIT ESTATURAL EM CRIANÇAS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO MARANHÃO ELISA SANTOS MAGALHÃES RODRIGUES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, ELISA MIRANDA COSTA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, FELIPE BEZERRA PIMENTEL ARAÚJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, ERIKA BARBARA ABREU FONSECA THOMAZ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Objetivo: Descrever a evolução do déficit estatural em crianças beneficiárias do programa bolsa família (PBF), no Maranhão, estimando-se tendências futuras. Métodos: Estudo ecológico, de série temporal, tendo como unidade de análise as proporções de déficit estatural pelo índice Altura/Idade(A/I), de crianças menores de dois anos e beneficiárias do PBF, entre janeiro de 2008 e junho de 2020, mês a mês, extraídas do SISVAN-Web, para o Maranhão. O indicador foi calculado pela razão entre o número de crianças com déficit estatural (A/I com z-escore<2) e o total de crianças avaliadas, multiplicado por 100, por mês. Estimou-se a tendência da série pela modelagem de Prais-Winsten. A modelagem Box e Jenkins, SARIMA (Sazonal Autoregressive Integrated Moving Average) descreveu e previu o comportamento da série, por 114 meses (até 2030), utilizando o software RStudio. Resultados: A prevalência de déficit estatural decresceu (p<0,001) entre 2008 (32,06%) e 2020 (25,92%), com variação mensal de -10,08%/mês. Houve forte padrão sazonal semestral, com picos em junho e dezembro e vales em janeiro e julho. O modelo SARIMA (1,0,0) (0,1,1)12, apresentou as melhores estimativas de ajuste (AICc=758,16; Ljung-Box test: p= 0.98; RMSE= 3.43; MAPE=9,2%) e previu uma série histórica com manutenção da queda do déficit estatural até o 2030, com estimativas pontuais mínima entre 9,84% (IC95%: -1.33-21.02) em junho e máxima de 27.64% (IC95%: 16.46-38.83), em dezembro. Conclusão: O déficit estatural ainda é elevado entre crianças beneficiárias do PBF maranhense. A redução observada entre 2008-2020 foi acompanhada de um padrão sazonal semestral que tende a manter-se até 2030.
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