23/11/2021 - 17:00 - 18:10
COC 26 - EPIDEMIOLOGIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA |
33416 - INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL, 2017
TAUANI ZAMPIERI CARDOSO - EERP/USP, RONIELE ARAÚJO DE SOUSA - NESP/UFPI, FLÁVIA RAYMME SOARES E SILVA - UFPI, ALINE DE SOUSA JUSTINO - UFPI, ROSALVES PEREIRA DA SILVA JUNIOR - NESP/UFPI, OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO - UFPI
Objetivos: Comparar as internações por condições sensíveis à atenção primária entre as regiões e os estados do Brasil, em 2017. Métodos: Estudo transversal e descritivo, que compreendeu todas as internações do Brasil, em 2017. Os dados foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares, organizados e analisados pelo software Stata versão 14. As variáveis explicativas foram as regiões, estados e grupos de internação. A taxa de internação foi obtida dividindo o número de internações pela população e multiplicado por 100.000. Resultados: De 11.839.582 hospitalizações, as ICSAP foram responsáveis por 2.149.285 (18,2%). As taxas de hospitalização das regiões Sul (1.309,3/100 mil), Norte (1.200,0/100 mil) e Nordeste (1.112,8/100 mil) foram maiores que a nacional (1.039,6/100 mil). E Rondônia (1.953,9/100 mil), Maranhão (1.726/100 mil) e Piauí (1.515,1/100 mil) apresentaram elevadas taxas de internação. Conclusões: As regiões com maiores taxas possuem particularidades, ressaltando-se as diferenças socioeconômicas. Enquanto as internações da região Sul podem relacionar-se às peculiaridades das atividades urbanas, como estresse, poluição e estilo de vida que potencializam os fatores de risco além de acesso facilitado à rede hospitalar, as das regiões Norte e Nordeste estão relacionadas a estruturas fragilizadas de saneamento básico e pobreza. Além disso, os estados com maiores taxas concentram-se na região norte e nordeste, sugerindo o impacto das iniquidades sociais e de saúde sobre essas internações.
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