24/11/2021 - 17:00 - 18:10 COC 48 - SAÚDE DA CRIANÇA 2 |
32935 - ANEMIA NO PRIMEIRO ANO DE VIDA DE CRIANÇAS INDÍGENAS TERENA RESIDENTES EM ÁREA URBANA DEISE BRESAN - UFMS, MAURÍCIO SOARES LEITE - UFSC, PRISCILA MILENE ANGELO SANCHES - UFMS, PATRÍCIA VIEIRA DEL RÉ - UFMS, CAROLINE CAMILA MOREIRA - UFGD, ELENIR ROSE JARDIM CURY - UFMS
Objetivo: Descrever a prevalência de anemia de crianças indígenas Terena aos 6 e 12 meses de idade e verificar a associação com variáveis socioeconômicas, dos domicílios, maternas e de saúde e nutrição da criança.
Métodos: Participaram do estudo filhos de mulheres Terena nascidos de 01/06/2017 a 31/07/2018, residentes em quatro aldeias localizadas na área urbana de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foram realizadas quatro visitas domiciliares, aplicados formulários às mães e feita a antropometria e dosagem sanguínea de hemoglobina nas mães e crianças. Considerou-se como desfecho a anemia entre as crianças (hemoglobina <11g/dL) e as associações com as variáveis independentes foram realizadas através da regressão de Poisson, pelo software Stata 16.0.
Resultados: Participaram do estudo 42 crianças. A prevalência de anemia foi de 53,6% aos 6 meses e de 61,9% aos 12 meses. Após análises ajustadas, aos 6 meses, as crianças com diarreia na última semana apresentaram maior prevalência de anemia. Aos 12 meses a prevalência de anemia foi maior entre as crianças que estavam no tercil inferior para o índice estatura para idade, que estavam no tercil superior para o índice peso para idade, que apresentaram anemia aos 6 meses e que eram filhas de mulheres que estudaram menos tempo e eram eutróficas.
Conclusões: As crianças Terena apresentam prevalências menores de anemia que as registradas em contextos rurais indígenas, mas ainda assim maiores que aquelas entre crianças não indígenas, apontando para persistência de desigualdades importantes e para a vulnerabilidade das populações indígenas mesmo em contextos urbanos.
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