24/11/2021 - 17:00 - 18:10 COC 49 - PERCEPÇÃO DA SAÚDE, EXPECTATIVA DE VIDA E FUNCIONALIDADE ENTRE IDOSOS |
37304 - FUNCIONALIDADE COMO PREDITOR DE MORTALIDADE EM IDOSOS IONE JAYCE CEOLA SCHNEIDER - UFSC, CESAR DE OLIVEIRA - UCL
Objetivos: Avaliar quatro componentes da capacidade física (velocidade de marcha, força de preensão manual, equilíbrio e resistência) como preditores de mortalidade em idosos.
Método: Estudo longitudinal com dados de 3.561 participantes do English Study Longitudinal of Ageing, com adultos de 60 anos ou mais. A funcionalidade foi mensurada através da velocidade de marcha, força de preensão manual, Full Tandem test e Chair stand. Os dados foram coletados em 2004-5, e categorizados em tercis, segundo sexo. O tempo de acompanhamento máximo foi de 144 meses. A Regressão de Cox foi realizada no Stata 16.0, ajustada para fatores socioeconômicos e de saúde.
Resultados: A média de seguimento foi de 135 meses (IRQ: 71-143). Dentre os idosos, 53,4% eram do sexo feminino e 53,3% tinham de 60 a 69 anos. A maioria tinha excesso de peso, eram ex-fumantes, sem depressão, com uma doença crônica, sem doenças circulatórias ou pulmonares, e sem incapacidade nas atividades de vida diária. Todos os testes foram preditores independentes de mortalidade quando ajustados entre si e por fatores de confusão. O grupo de menor força de preensão manual (HR:1,47; IC95%:1,22-1,77), o tercil mais lento na caminhada (HR:1,48; IC95%:1,22-1,81), os que não conseguiram realizar o Full Tandem (HR:1,36; IC95%:1,07-1,73) e os mais lentos para realização do chair stand (HR:1,30; IC95%:1,09-1,56) tiveram maior risco de óbito.
Conclusão: A capacidade física mostrou-se como preditor do risco de mortalidade mesmo quando ajustado por fatores de confusão. Indivíduos com pior capacidade física podem ser beneficiados de intervenções que melhorem seu desempenho.
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