24/11/2021 - 17:00 - 18:10 COC 50 - EVOLUÇÃO DA PANDEMIA POR COVID-19 EM DIFERENTES CONTEXTOS |
36552 - DIFERENCIAIS INTRAURBANOS DA HOSPITALIZAÇÃO POR COVID-19 NA CIDADE DE BELO HORIZONTE, MG ALINE DAYRELL FERREIRA SALES - UFMG, DÉBORA MORAES COELHO - UFMG, BRUNO DE SOUZA MOREIRA - UFMG, URIEL MOREIRA SILVA - UFMG, AMANDA CRISTINA DE SOUZA ANDRADE - UFMT, AMÉLIA AUGUSTA DE LIMA FRICHE - UFMG, CAMILA TEIXEIRA VAZ - UFJF, SOLIMAR CARNAVALLI ROCHA - UFMG, MARIA ANGÉLICA DE SALLES DIAS - UFMG, GUILHERME APARECIDO SANTOS AGUILAR - UFMG, GABRIEL MARCO DE SOUZA LISBOA - UFMG, ELAINE LEANDRO MACHADO - UFMG, MESSIAS INÁCIO DA SILVA CARVALHO - UFMG, DENISE MARQUES SALES - UFMG, WALESKA TEIXEIRA CAIAFFA - UFMG
Objetivo: Analisar as diferenças intraurbanas dos casos de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo por COVID e SRAG-não especificada, em Belo Horizonte. Métodos: O Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH), utilizando a base de dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), vem observando a distribuição intraurbana dos casos graves notificados de COVID-19 na cidade. Os dados são analisados e descritos como taxas acumuladas de internações por SRAG-COVID e SRAG-não especificada, ajustadas por idade e local de residência [cidade informal (vilas/favelas) e cidade formal]. Neste trabalho serão apresentadas análises dos dados de janeiro de 2020 a janeiro de 2021. Resultados: Foram notificadas 26.418 internações (SRAG-COVID: 44,7%; SRAG-não especificada: 55,3%). No início da epidemia, o comportamento das hospitalizações pelas SRAG foi semelhante entre local de residência. Mas a partir de junho, evidenciou-se uma diferença crescente entre as taxas acumuladas de internações, independentemente do diagnóstico, com maior taxa entre moradores das vilas/favelas (SRAG-COVID: 260,1; IC95%=245,1-275,2; SRAG-não especificada: 543,4; IC95% =518,5-568,3) em relação aos da cidade formal (SRAG-COVID: 68,4; IC95% =64,8-72,0; SRAG-não especificada: 115,1; IC95% =110,3-119,9), indicando maior ocorrência de casos graves nas populações mais vulneráveis. Para SRAG-COVID, a taxa de internação se inverteu no final de setembro, tornando-se maior na cidade formal e permanecendo dessa maneira até o final do período analisado. Conclusão: A mudança na dinâmica da epidemia quanto ao local de moradia dos indivíduos hospitalizados por SRAG-COVID reforça a importância do monitoramento contínuo para melhor entendimento e enfrentamento deste sério agravo à saúde.
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